Espanha barra lei que autorizava posse de Puigdemont
Catalunha tem até 22 de maio para apresentar novo candidato
© Francois Lenoir/Reuters
Mundo Corte
A Corte Constitucional da Espanha acatou um recurso do governo contra a chamada "Lei Puigdemont", que permitiria ao líder separatista tomar posse a distância na presidência da comunidade autônoma. Assim que a norma foi aprovada, o governo espanhol indicou que apresentaria uma ação para vetá-la. "A determinação do governo é a de impedir qualquer vulnerabilidade ou fraude", disse o porta-voz Íñigo Méndez de Vigo.
"Nenhum candidato será empossado se não estiver presente no Parlamento da Catalunha", afirmou.
A medida havia sido votada na região na última sexta-feira (4) e autorizava que a sessão de posse "se celebrasse sem a presença ou intervenção do candidato".
Puigdemont vive em exílio desde que foi acusado de "rebelião", após a declaração de independência unilateral do território catalão, que ocorreu em outubro de 2017. Ele, inclusive, tentou tomar posse a partir de Bruxelas, mas a Justiça o impediu.
Agora os líderes independentistas devem anunciar outro candidato à Presidência até 22 de maio, quando o prazo para estabelecer um governo se encerra. Caso não haja um indicado, a Espanha convocará novas eleições na região.
O primeiro-ministro Mariano Rajoy pediu aos partidos pró-independência que deixem de "perder tempo".
"Espero que haja um senso comum, e a partir dele vamos ver entre todos se somos capazes de terminar com uma disputa que serviu única e exclusivamente para nos dividir", declarou. Com informações da ANSA.
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