Motim em prisão na Venezuela faz 11 mortos e 28 feridos
Incidente ocorreu dois dias antes das eleições presidenciais antecipadas
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Mundo Caracas
Um motim numa prisão no norte da Venezuela fez, na quinta-feira (17), pelo menos 11 mortos e 28 feridos, divulgou hoje a organização não-governamental "Uma Janela Para a Liberdade", que defende os direitos dos presos venezuelanos.
"Ocorreu um motim que fez 11 mortos (...) e 28 feridos", informou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), o diretor da ONG, Carlos Nieto.
Este incidente ocorreu dois dias antes das eleições presidenciais antecipadas na Venezuela, país que enfrenta uma grave crise econômica e social, bem como fortes tensões políticas.
O atual Presidente, Nicolás Maduro, procura a reeleição para um novo mandato de seis anos, até 2025.
As eleições de domingo estão sendo igualmente marcadas pelo apelo ao boicote feito pela oposição venezuelana.
Desde a noite de quarta (16), membros da oposição venezuelana detidos participam de um motim descrito como "pacífico" em um centro de detenção dos serviços de secretos venezuelanos, localizado na capital do país, Caracas.
Este motim, realizado para exigir a libertação dos presos políticos venezuelanos, teria deixado pelo menos dois feridos.
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"Exigimos a libertação de todos os presos políticos. Nenhum venezuelano deve ser detido por causa das suas opiniões e ainda menos se beneficia de uma ordem de libertação" por parte da justiça, afirmaram os prisioneiros numa carta aberta publicada na Internet.
A lotação das prisões é um dos muitos problemas identificados na realidade da Venezuela. Muitas vezes, a polícia se vê obrigada a utilizar as esquadras como locais de detenção de longo prazo.
Em 28 de março, 68 pessoas morreram nas respectivas celas durante um incêndio numa prisão em Valencia (no norte da Venezuela), naquele que teria sido um dos mais graves motins na história daquele país. O incêndio foi desencadeado pelos presos. Com informações da Lusa.