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Arcebispo de Santiago pede perdão por abusos no Chile

Ricardo Ezzati diz que aceitará críticas e indignação do povo

Arcebispo de Santiago pede perdão por abusos no Chile
Notícias ao Minuto Brasil

20:16 - 22/05/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Itália

O arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, pediu aos chilenos "misericórdia e perdão", diante do que chamou de "enfermidade" pelos abusos sexuais na Igreja Católica local.

Durante sua declaração no encerramento do 10º Sínodo na Catedral Metropolitana, na segunda-feira (21), ele também afirmou que receberia "a crítica, a indignação e a raiva" pelos fatos.

O cardeal se referiu a situação da Igreja Católica chilena, que na semana passada apresentou ao papa Francisco a renúncia dos seus bispos pelos casos de pedofilia.

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"Dói imensamente que meus irmãos sofreram grave violação de seus direitos. Eu vi a dor profunda dos que falaram comigo no Sínodo", disse o arcebispo.

Ezzati ainda fez uma análise dos seus sete anos no comando da Igreja de Santiago e ressaltou que sentiu "um peso enorme" sobre seu ombros com as polêmicas envolvendo a entidade católica.

Ele também esclareceu que não se sente arrependido por aceitar os membros e assegurou que "quer acolhimento e acolherá, de coração aberto, a crítica, a indignação e a raiva que alguns manifestaram".

"Entendo perfeitamente a raiva de tantas outras pessoas que veem nos padres e bispos bodes expiatórios de toda nossa fragilidade e debilidade", acrescentou. "Nesse sentido, por ser aquele que de alguma maneira encabeça toda a indignação, quero pedir em primeiro lugar a vocês, irmãos e irmãs, misericórdia e perdão", concluiu.

Reações

Deputados da esquerdista "Frente Ampla" utilizaram as redes sociais para lançar uma campanha de recolhimento de assinaturas para tirar a nacionalidade chilena do cardeal.

O atual arcebispo, que apresentou sua renúncia ao Papa após 75 anos, nasceu em Campiglia dei Berici, na Itália.

A petição para a quitação da nacionalidade ressalta que "todos os bispos acusados de abuso, também os que acobertaram os casos", não somente devem ficar fora da Igreja, mas devem "pagar pelas suas responsabilidades". (ANSA)

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