Coreia do Norte deve desmantelar base nuclear nesta quarta
Muitos analistas declararam duvidar das promessas norte-coreanas
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Mundo Punggye-ri
A Coreia do Norte deve iniciar nesta quarta-feira (23) o desmantelamento de uma base nuclear em Punggye-ri, para o qual estavam inicialmente convidados oito jornalistas sul-coreanos.A destruição dos túneis e desmantelamento dos postos de observação e das instalações de pesquisa de energia nuclear pode se estender até esta sexta-feira (25).
Na última terça-feira (22) a Coreia do Norte tinha proibido a presença de jornalistas da Coreia do Sul, disse uma fonte do Ministério da Unificação sul-coreano.
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A lista de jornalistas sul-coreanos, que se encontrava já em Pequim para seguir viagem rumo a Pyongyang, foi rejeitada, disse a mesma fonte, citada pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
No início do mês, a Coreia do Norte tinha garantido que os jornalistas da Coreia do Sul, dos Estados Unidos, da China e do Reino Unido iam ser convidados a assistir à destruição dos túneis, ao desmantelamento dos postos de observação e das instalações de pesquisa na central.
A Coreia do Norte realizou seis testes nucleares subterrâneos em Punggye-ri, tendo o último, em setembro do ano passado, sido o mais potente.
Muitos analistas declararam duvidar das promessas norte-coreanas, até porque há precedentes: em 2008, Pyongyang derrubou uma parte do centro de reprocessamento de urânio, mas continuou a desenvolver o programa nuclear.
O cancelamento de convites surgiu depois de Pyongyang ter cancelado, na semana passada, um encontro entre as Coreias devido à realização de manobras militares conjuntas de Seul e Washington. A decisão precedeu uma nova ameaça, desta vez à histórica cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para 12 junho, em Singapura.
Horas depois de ter cancelado uma reunião com a vizinha do Sul, a Coreia do Norte afirmou não estar interessada em um encontro com os Estados Unidos, caso este seja reduzido à "exigência unilateral" do desarmamento nuclear. Com informações da Lusa.