Lava do vulcão invade usina de energia no Havaí
Cerca de 10 poços precisaram ser resfriados com água para conter a pressão do vapor vulcânico
© Reuters
Mundo Kilauea
O vulcão Kilauea, considerado o mais ativo do Havaí, registrou nesta quarta-feira (23) mais uma erupção "explosiva" e sua lava derretida invadiu a usina geotérmica de Puna, obrigando o fechamento dos dutos.
De acordo com a imprensa local, cerca de 10 poços precisaram ser resfriados com água para conter a pressão do vapor vulcânico. No entanto, o governador do Havaí, David Ige, afirmou que, até o momento, todos os poços permanecem estáveis e os possíveis vazamentos de gases tóxicos estão sendo monitorados.
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As autoridades informaram que caso ocorra um aumento nos níveis de gases tóxicos será necessário evacuar a região. Inaugurada em 1989, a usina está desativa desde o dia 3 de maio, quando ocorreu a erupção do Kilauea. O local gera cerca de 38 MW de energia, o equivalente a um quarto da demanda diária da ilha.
As emissões de gases, especialmente o dióxido de enxofre, duplicaram, mas a forte ventania tem dissipado a fumaça tóxica. Diversas reações químicas são causadas pela lava que sai da cratera e entra em contato com a água salgada ou com o oxigênio.
Na última segunda-feira (21), as autoridades alertaram para o perigo da "nuvem tóxica" depois que a lava do Kilauea entrou em contato com o Oceano Pacífico, o que é potencialmente prejudicial caso atinja novas áreas habitadas.
Desde o início do mês, pelo menos 50 imóveis foram destruídos pela lava do vulcão e duas mil pessoas foram evacuadas. Até agora, há o registro de apenas uma vítima, que foi hospitalizada após entrar em contato com lava. Com informações da ANSA.