EUA suspeitam de 'ataque sônico' contra funcionário na China
Alerta foi emitido após um funcionário de seu consulado no sul do país ter sido diagnosticado com uma lesão cerebral
© Leah Millis / Reuters
Mundo Alerta
A embaixada americana na China emitiu nesta quarta-feira (23) uma alerta de saúde para seus cidadãos após um funcionário de seu consulado em Cantão, no sul do país, ter sido diagnosticado com uma lesão cerebral, que pode ter sido causada por "ataques sônicos".
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o caso é, do ponto de vista médico, similar ao que aconteceu em Cuba no fim de 2016, quando 24 diplomatas e funcionários que trabalhavam no escritório dos EUA em Havana tiveram problemas de saúde em um curto período.
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Na ocasião, Washington disse que os problemas tinham sido decorrentes de "ataques acústicos" feitos contra seus diplomatas, mas o caso nunca foi resolvido e Cuba negou envolvimento na ação.Pompeo usou nesta quarta o termo "ataque sônico" para descrever o ocorrido em Cantão. Por enquanto, o caso na China envolve apenas um funcionário, que não teve seu nome revelado.
Entre o fim de 2017 e abril de 2018, ele reclamou de diversos problemas físicos, como um ruído no ouvido. Por isso, foi enviado para os Estados Unidos para ser tratado e acabou diagnosticado com uma lesão cerebral traumática leve (TCE) em 18 de maio, de acordo com Jinnie Lee, porta-voz da embaixada. Não há mais detalhes sobre o estado de saúde do funcionário.Isso fez com que o governo dos EUA emitisse por email um comunicado para todos os americanos que moram na China narrando o problema e pedindo precaução.
A embaixada diz que ainda não sabe as causas exatas do problema e se outras pessoas tiveram os mesmos sintomas. "Enquanto estiver na China, se você experimentar algum fenômeno auditivo ou sensorial agudo incomum acompanhado por sons incomuns ou ruídos penetrantes, não tente localizar a fonte. Em vez disso, vá para um local onde os sons não estejam presentes", disse o alerta enviado por email.
A embaixada disse que não há provas que liguem o episódio na China ao caso em Cuba, mas que a investigação ainda deve começar -uma equipe médica americana está a caminho de Cantão para ajudar a analisar o incidente."O Departamento [de Estado] leva este incidente muito a sério e procura determinar as causas e os efeitos do incidente", disse Lee, o porta-voz da embaixada. "O governo chinês também nos assegurou que investigaria e que tomaria as medidas apropriadas", acrescentou ele. Com informações da Folhapress.