Morte de jornalista russo foi 'crime covarde', diz União Europeia
Parlamento Europeu exige uma transparência total sobre o assassinato de Babchenko
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Mundo União Europeia
Nesta quarta-feira (30), a União Europeia (UE) qualificou a morte do jornalista dissidente russo Arkadi Babchenko, reconhecido crítico do Kremlin morto a tiro na terça-feira (29) em Kiev, como um "crime covarde", pedindo uma "investigação rápida e transparente" sobre o caso.
"Este crime é um novo ataque contra a liberdade de imprensa, contra os jornalistas que protegem os nossos valores e as nossas democracias", declarou o presidente do Parlamento Europeu (PE), o italiano Antonio Tajani, numa sessão plenária em Estrasburgo, na França.
"O Parlamento Europeu exige uma transparência total sobre o assassinato de Babchenko, que os culpados sejam punidos, bem como aqueles que patrocinaram esta morte", acrescentou Tajani.
A chefe da diplomacia da UE, a também italiana Federica Mogherini, foi outra das vozes comunitárias que falou sobre a morte do jornalista russo.
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Num comunicado, a porta-voz da Alta Representante da UE para a Política Externa e Política de Segurança referiu que Mogherini pediu "um inquérito rápido e transparente para que os responsáveis deste crime sejam levados à justiça", tendo ainda endereçado "as condolências" da UE à família de Babchenko.
O Conselho da Europa também solicitou hoje a Ucrânia a conduzir uma "investigação exaustiva" para "identificar e punir" os responsáveis pela morte do profissional.
De acordo com a comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Dunja Mijatovic, "as autoridades ucranianas têm a obrigação legal de realizar uma investigação efetiva sobre esse assassinato".
O jornalista e escritor russo Arkadi Babchenko, um reconhecido crítico das políticas do Presidente russo, Vladimir Putin, foi morto com tiros nas costas na terça à noite na capital ucraniana, Kiev. Com informações da Lusa.