Presidente da Colômbia vota no 2º turno e diz que eleição é histórica
Juan Manuel Santos pediu que o entusiasmo dos jogos da Copa do Mundo não impedissem de que as pessoas saíssem a votar
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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, votou pela manhã em Bogotá e afirmou que essas eleições são "históricas por serem as primeiras em muitas décadas em que se vota com segurança, com transparência e com paz". Neste domingo (17) ocorre o segundo turno da eleição da Colômbia.
Prova disso, acrescentou, é que os dois finalistas, o direitista Iván Duque e o esquerdista Gustavo Petro, "sempre foram meus opositores, mas nunca tiveram um enfrentamento sério comigo ou com meu governo". "Meu governo sempre respeitou a oposição e lhes demos a ambos as garantias de que necessitavam para que fizessem sua campanha com liberdade e segurança."
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Pediu que o entusiasmo dos jogos da Copa do Mundo não impedissem de que as pessoas saíssem a votar -na Colômbia o voto não é obrigatório. "Há tempo de sobra para fazer as duas coisas."
Afirmou também que "algo muito importante aconteceu entre o primeiro e o segundo turno da eleição, é que nasceu minha neta, a quem dedicarei toda a minha atenção, o meu amor e o meu tempo a partir de agora."
Eleições na Colômbia Propostas de governo de Iván Duque
- Promete subsídios a pequenos e médios empresários e iniciativas regionais, formalizar contratos e é contra terceirizações
- Tem posição mais dura com relação à Venezuela, quer denunciar Maduro ao Tribunal de Haia e aumentar controle das fronteiras
- Sugere empréstimos para aumentar desenvolvimento das áreas rurais
- Deseja aplicar prisão perpétua para estupradores e assassinos de menores e prisão sem trânsito para prisão domiciliar para corruptos
- Quer equipar e dotar de inteligência o Exército para combater as guerrilhas, os dissidentes e o crime organizado
- É antiaborto, mas propõe educação sexual e proteção da gravidez adolescente
- Defende independência do Judiciário, mas propõe integrar cortes e limitar autoridade da Justiça Especial para a Paz
Propostas de governo de Gustavo Petro
- Combater as diferenças sociais e a discriminação de indígenas, da população afrocolombiana e das mulheres
- Continuar a tratar a crise na Venezuela na base do diálogo, e manter as fronteiras abertas
- Formar uma nova Assembleia Nacional Constituinte (a última reforma da lei máxima colombiana foi em 1991) para a etapa posterior ao processo de paz com as Farc
- Reforma tributária para que os mais pobres paguem menos e que as grandes fortunas sejam taxadas
- Impor mais tributos e mais altos a propriedades com mais de mil hectares na zona rural
- Não alterar em nada o acordo de paz com as Farc, lutar por sua implementação tal qual foi aprovado e manter as disposição para as negociações com o ELN (Exército de Libertação Nacional)