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Jurista denuncia brasileiros que humilharam mulher na Rússia

Vídeo em que um grupo de homens constrangem estrangeira se tornou viral

Jurista denuncia brasileiros que humilharam mulher na Rússia
Notícias ao Minuto Brasil

05:44 - 20/06/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo canto machista

O advogado Diego Valença Jatobá, o tenente da Polícia Militar de Santa Catarina Eduardo Nunes e o engenheiro Luciano Gil serão alvo de uma investigação do Ministério de Assuntos Interiores da Rússia. Os três, além de outros torcedores ainda não-identificados, aparecem em vídeo constrangendo uma estrangeira, com canto machista, violento e humilhante.

Jurista e referência na defesa dos direitos da mulher no país que sedia a Copa do Mundo, Alyona Popova fez uma denúncia formal, seguida de petição, pelos atos contra a honra e a dignidade de outra pessoa. Os atos são o primeiro passado para a abertura do inquérito, além de promover a opinião pública sobre o caso.

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No vídeo que tornou-se viral e ganhou as redes de televisão do Brail, no último fim de semana, um grupo de brasileiros aborda uma mulher estrangeira, cuja nacionalidade não foi identificada, e a faz repetir palavras chulas em referência ao órgão sexual feminino. Popova pede que as punições contra os brasileiros varie de multa a restrições na Rússia.

Na legislação russa, existem várias opções de multa aplicadas às pessoas que humilharam publicamente a honra e a dignidade. Assim, os cidadãos estrangeiros no vídeo podem ser responsabilizados por cometer um delito nos termos da Parte 1 do art. 5.61 do Código de Ofensas Administrativas", explica a jurista ao UOL.

As multas podem variar de mil a três mil rublos, no caso de condenação por insulto à honra e à dignidade de outra pessoa, de forma indecente. "E se comprovar que os estrangeiros cometeram os atos destinados a incitar o ódio ou inimizade, bem como a humilhação de uma pessoa ou grupo de pessoas em razão do sexo, raça, nacionalidade, língua, origem, atitude à religião, bem como pertencentes a um tanto o grupo social, publicamente ou usando a mídia, eles podem ser levados à responsabilidade criminal", complementou Popova.

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