Panamá terá disputa acirrada em eleições presidenciais
A missão eleitoral de acompanhamento da Organização dos Estados Americanos (OEA), enviada ao Panamá para observar as eleições presidenciais e legislativas que serão realizadas amanhã (4), pediu "tolerância e maturidade" aos partidos políticos que participam do processo. Ontem (2), a missão disse que espera "resultados apertados", entre os sete candidatos que disputam a Presidência do país.
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As últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas em jornais locais mostram três candidatos como favoritos, com pequena margem de diferença - José Domingo Arias, do Cambio Democrático, que tem o apoio do atual presidente, Ricardo Martinelli, e os opositores Juan Carlos Varela, do Partido Panameñista, e Juan Carlos Navarro, do Partido Revolucionário Democrático.
Com o cenário indefinido, o clima no país foi tenso nos últimos dias de campanha, com registro de insultos dos candidatos, troca de acusações verbais e agressões entre os presidenciáveis e partidários.
Desde a última quinta-feira (24), a propaganda eleitoral está proibida, em cumprimento ao "silêncio eleitoral". A Justiça estendeu a recomendação às redes sociais, como o Twitter e o Facebook. Os usuários não deverão fazer comentários ou expressar posicionamentos até o fim do processo.
José Domingos, apoiado pelo governo, foi o principal alvo dos opositores que apresentaram escândalos de fraudes e denúncias de má gestão contra o presidente Martinelli. Segundo a imprensa local e analistas políticos panamenhos, os oposicionistas teriam feito "pactos" de não agressão e não confrontação, concentrando seus esforços no candidato governista.
No país, cerca de 2,5 milhões de eleitores foram convocados para eleger o presidente, o vice e 71 parlamentares. Além dos observadores da OEA, a eleição será acompanhada por delegados de Centro Carter (EUA) e da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore).
O Panamá é considerado um aliado dos Estados Unidos e alvo de críticas dos países vizinhos aliados ao chavismo (bolivarianos) e à família Castro (Cuba). Para a Venezuela, o Equador, a Bolívia e Cuba, o país atua na região segundo uma agenda americana.
Em março, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rompeu relações diplomáticas com o Panamá, após o país ter pedido a interferência da OEA na crise política.
*Com informações da Tv Multiestatal Telesur