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Papa reza missa para refugiados e ataca 'hipocrisia estéril'

"Boa política não olha apenas para o próprio país", disse

Papa reza missa para refugiados e ataca 'hipocrisia estéril'
Notícias ao Minuto Brasil

16:10 - 06/07/18 por Ansa

Mundo Pontífice

O papa Francisco celebrou nesta sexta-feira (6) uma missa para refugiados e migrantes forçados na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e afirmou que a boa política não olha apenas para o "bem do próprio país".

A missa ocorreu no aniversário de cinco anos da visita do líder católico a Lampedusa, ilha italiana que já foi teatro da crise migratória por causa de sua proximidade com a África, e em meio à ascensão de forças nacionalistas na Europa e nos Estados Unidos.

Francisco falou para um público formado por refugiados, socorristas e voluntários e voltou a cobrar o acolhimento de quem é obrigado a fugir de seu próprio país.

"A política justa é aquela que se coloca a serviço da pessoa, de todas as pessoas, que prevê soluções para garantir a segurança, o respeito dos direitos e da dignidade de todos, que saiba olhar o bem do próprio país levando em conta aquele dos outros países, em um mundo cada vez mais conectado", disse.

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O Papa também denunciou a "hipocrisia estéril" de quem não quer sujar as mãos". "Trata-se de uma tentação bem presente nos dias de hoje, que se traduz em fechamento para aqueles que, assim como nós, têm direito à segurança e a uma vida digna", declarou.

O Pontífice ainda aproveitou a missa para elogiar os voluntários que realizam operações de resgate no Mediterrâneo, que veem sua atividade ameaçada pela decisão da Itália de bloquear os portos para navios de ONGs.

"O Senhor promete libertação a todos os oprimidos do mundo, mas precisa de nós para tornar eficaz sua promessa. Precisa de nossos olhos para ver a necessidade dos irmãos e irmãs. Precisa de nossas mãos para socorrê-los. Precisa de nossa voz para denunciar injustiças cometidas no silêncio", acrescentou.

Francisco também se dirigiu aos refugiados e pediu que eles tenham "respeito" pela cultura e pelas leis do país de acolhimento, para levar adiante "um percurso de integração". (ANSA)

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