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Oito rapazes estão salvos, mas ainda não podem abraçar os pais

A medida é para proteger a saúde dos jovens

Oito rapazes estão salvos, mas ainda não podem abraçar os pais
Notícias ao Minuto Brasil

12:50 - 09/07/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Operação

Depois da segunda fase de uma complexa e demorada operação de resgate, ainda faltam sair da gruta quatro rapazes e o treinador. Aqueles que já saíram estão no no Hospital de Prachanukroh, em Chiang Rai, onde permanecerão em observação.

São oito os rapazes que estão, por fim, fora da caverna onde estiveram encurralados desde o dia 23 de junho. Quatro saíram neste domingo (8), e outros quatro foram resgatados hoje (9), naquela que foi a segunda operação de resgate desta complexa missão a cargo das autoridades tailandesas, com ajuda internacional.

Ainda continuam na caverna de Tham Luang mais quatro jovens e o treinador Ekaphol Chantawong, de 25 anos. Vale ressaltar que as equipes de resgate, lideradas pelo governador regional da província de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, não revelaram as identidades dos rapazes que já saíram, mas indicou que primeiro foram retiradas “as [crianças] mais fortes”.

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Ainda assim, as equipes médicas estão preparadas para todos os cenários, do primeiro ao último rapaz, incluindo o treinador, que teria ficado nove dias comendo o mínimo possível para que as crianças sobrevivessem.

De acordo com a CNN, que cita especialistas, os médicos vão verificar os níveis de oxigênio, desnutrição, desidratação, estresse pós-traumático e outros efeitos psicológicos.

Os quatro rapazes resgatados no domingo estão se recuperando no Hospital de Prachanukroh, em Chiang Rai, e ainda não teriam visto os pais. Um familiar afirmou que ainda nem sequer tinha sido informado sobre que crianças estavam fora e quais ainda continuavam na gruta.

Os quatro rapazes resgatados nesta segunda também foram encaminhados para o mesmo hospital, depois de observados no local.

O secretário de estado do ministério da saúde da Tailândia, Jessada Chokedamrongsook, havia indicado na semana passada que os rapazes não poderiam ver os pais durante um ou dois dias, enquanto recebem os tratamentos necessários e são avaliados pelos médicos.

Ainda assim, o processo de avaliação vai durar “entre cinco a sete dias”, até que os resultados dos testes estejam concluídos. As crianças precisam estar "dois metros de distância afastados das pessoas". Já se considerou deixar os pais ver os filhos através de uma porta de vidro.

O hospital onde estão sendo tratadas as crianças também emitiu um comunicado onde prepara as famílias, amigos e conhecidos dos jovens para os tempos que se aproximam. A permanência dentro da gruta, “num ambiente diferente”, poderá ter exposto os jovens a inúmeras de doenças.

“Qualquer pessoa que entre em contato com os rapazes, incluindo a família, vai ser observado de perto para se ter a certeza que estão bem. [Os familiares] foram informados que devem ligar para a linha de emergência se tiverem sintomas como dores de cabeça, náuseas, dores musculares ou dificuldades em respirar”, escreve o comunicado.

Embora a idade dos rapazes seja um fator de preocupação ao nível dos efeitos físicos imediatos, poderia, no entanto, ser um aspecto positivo ao nível psicológico. Um docente de medicina da Universidade do Tennessee indicou que se encontram “no ápice da sua saúde”. “Se alguém consegue aguentar estes momentos de potenciais baixas de oxigênio e outros desafios físicos são estes jovens rapazes”, indicou Darria Long Gillespie.

Nas operações de socorro participam 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.

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