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Cúpula da OTAN começa com críticas de Trump à Alemanha

Americano disse que país é 'prisioneiro energético' da Rússia

Cúpula da OTAN começa com críticas de Trump à Alemanha
Notícias ao Minuto Brasil

11:26 - 11/07/18 por ANSA

Mundo Bruxelas

A cúpula de chefes de Estado e de Governo da OTAN começou tensa nesta quarta-feira (11), como já era esperado. O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou a Alemanha de ser "prisioneira" da Rússia devido à dependência energética e consumo de gás.

"A Alemanha é prisioneira energética da Rússia, portanto, não devemos protegê-la da Rússia", disse o republicano em meio a uma reunião em Bruxelas. "Há países, como a Polônia, que, por sua vez, não aceitariam o gás russo porque seriam prisioneiros", comentou.

Trump também afirmou ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que a Alemanha está errada em apoiar um novo gasoduto de US$ 11 bilhões no Mar Báltico para importar gás russo, enquanto se mantém afastada das metas de contribuição para defesa da OTAN, que teria como objetivo proteger a Europa dos interesses russos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que tem um encontro privado agendado com Trump para esta quarta-feira, aprovou o gasoduto Nord Stream 2 para importar mais gás, apesar de críticas de outros países da União Europeia. No entanto, Berlim insiste que é um projeto comercial financiado pelo setor privado.

Antes mesmo de chegar à capital belga, Trump já havia alfinetado os países-membros da aliança atlântica, principalmente a Alemanha, exigindo maior investimento militar e em defesa. Em resposta, Merkel disse que a Alemanha "toma decisões e adota políticas de maneira independente". "Eu vivenciei pessoalmente quando uma parte da Alemanha era ocupada pela União Soviética. É positivo que agora possamos tomar nossas próximas decisões de maneira autônoma", rebateu.

"Trump usou uma linguagem direta para as despesas de defesa, mas todos os aliados estão de acordo. Os aliados estão empenhados em aumentar as despesas em defesa em 2% até 2024", comentou Stoltenberg. Com informações da ANSA.

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