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EUA consideram adotar sanções contra regime de Ortega na Nicarágua

Pelo menos três autoridades do governo de Ortega já tiveram bens e aplicações financeiras bloqueados nos EUA

EUA consideram adotar sanções contra regime de Ortega na Nicarágua
Notícias ao Minuto Brasil

17:37 - 19/07/18 por Folhapress

Mundo Onda de violência

O governo dos Estados Unidos não descarta aplicar novas sanções contra membros do governo de Daniel Ortega para frear a violência do regime na Nicarágua -onde cerca de 360 pessoas morreram desde abril, segundo a Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos. 

"Todas as cartas estão na mesa", afirmou o embaixador Todd Robinson, conselheiro para assuntos da América Central do Departamento de Estado, nesta quinta-feira (19). 

Pelo menos três autoridades do governo de Ortega já tiveram bens e aplicações financeiras bloqueados nos EUA. O embaixador ainda incentivou que outros países, como México, Canadá e a União Europeia, façam o mesmo. 

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"Isso é muito importante e efetivo para evitar que as autoridades nicaraguenses usem nosso sistema financeiro em seu benefício", disse Robinson.

"Vamos seguir investigando e revisando nossa lista [de sanções]."

O governo dos EUA também já revogou e restringiu a concessão de vistos americanos para membros do regime Ortega.

A ideia é coibir a violência do Estado contra manifestantes, que iniciaram os protestos por causa de uma reforma da Previdência, em abril, mas intensificaram os atos diante da repressão violenta do governo. 

Robinson ainda rebateu as afirmações do governo de que a Nicarágua está sob a ameaça de um golpe de Estado movido por grupos terroristas -como afirmou o representante do país na OEA (Organização dos Estados Americanos), nesta quarta (18).

"São civis, gente que está protestando contra as ações de seu próprio governo, e que tem o direito constitucional de fazê-lo", declarou. O embaixador afirmou que a posição dos EUA, um dos patrocinadores da resolução da OEA que critica a violência do governo, é a mesma da comunidade internacional, e negou intervencionismo no país. Com informações da Folhapress. 

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