'Militares de Camiseta' reivindicam atentado na Venezuela
Em uma conta nas redes sociais, o grupo divulgou fotos e vídeos do momento do incidente
© Ivan Alvarado/Reuters
Mundo Operação
Um grupo desconhecido autointitulado "Movimento Nacional de Soldados de Camiseta" assumiu responsabilidade pela autoria do suposto atentado contra o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chamando o incidente de "Operação Fênix".
Em uma conta nas redes sociais, o grupo divulgou fotos e vídeos do momento do incidente, quando Maduro fazia discurso pelos 81 anos da Guarda Nacional, em Caracas, neste sábado (4).
"Assim nós zombamos de uma ditadura boa para mater o povo de fome mas covarde quando chega a hora", escreveu o grupo junto a um vídeo dos soldados em fuga no momento de uma explosão.
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"A operação era sobrevoar dois drones carregados com [explosivo] C4 com direção ao palco presidencial. Francoatiradores da guarda de honra derrubaram os drones antes de eles chegarem ao alvo", disse uma mensagem do grupo.
Um texto do grupo foi lido nas redes sociais pela jornalista Patricia Poleo, crítica do governo e radicada nos EUA, segundo o jornal El Universal.
"Demonstramos que são vulneráveis. Não conseguimos, mas é questão de tempo."
Eles se dizem um conjunto de "militares e civis patriotas e leais ao povo da Venezuela, baseados em argumentos leais e constitucionais", e afirmam tem respaldo de "oficiais, suboficiais, classes e soldados" que estariam "dispostos a oferecer suas vidas".
"Não foi desta vez, mas continuamos nossa luta, porque a Força Armada Nacional Bolivariana tem por função garantir a independência, a soberania da nação, a integridade do território e a ordem pública interna", diz a nota.
Eles acusam Maduro de "desconhecer o conteúdo da Constituição", motivo pelo qual o grupo "decidiu empreender uma luta para reestabelecer sua efetiva vigência".
"Se a finalidade de um governo é lograr a maior quantidade de felicidade possível, não podemos tolerar que a população passe fome, que os doentes não tenham remédios, que a moeda não tenha valor, que o sistema educativo não eduque nem ensine, mas apenas doutrine o comunismo", acrescenta o texto.
"É contrário à honra militar manter no governo quem fez da função pública uma maneira obscena de se enriquecer."
Maduro prometeu que as investigações vão até o fim, "doa a quem doer". Com informações da Folhapress.