EUA recusam se unir à Rússia na reconciliação com talibãs
A Rússia anunciou que os talibãs estarão reunidos em 04 de setembro em Moscou, juntamente com representantes dos países vizinhos
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Mundo Porta-Voz
Os Estados Unidos rejeitaram o convite para se juntar à Rússia e liderar conversações com o Afeganistão, por considerarem improvável que ajudem a trazer a paz, disse um porta-voz do Departamento de Estado.
A Rússia anunciou que os talibãs estarão reunidos em 04 de setembro em Moscou, juntamente com representantes dos países vizinhos. Esta será uma das maiores incursões diplomáticas do grupo desde a invasão do Afeganistão em 2001, liderada pelos Estados Unidos.
O mesmo funcionário do departamento de Estado norte-americano disse que, por princípio, os Estados Unidos apoiam os esforços liderados pelo Afeganistão para promover um acordo de paz.
"Com base em reuniões anteriores lideradas pela Rússia sobre o Afeganistão, é improvável que as negociações produzam algum progresso nesse sentido", disse o porta-voz que pediu anonimato.
No último domingo, o Presidente afegão, Ashraf Ghani, anunciou um cessar-fogo com os talibãs, a partir de segunda-feira e durante três meses, ressalvando que a trégua só avança caso o grupo faça o mesmo.
O último cessar-fogo entre o Governo do Afeganistão e os talibãs ocorreu em junho para celebrar o final do Ramadã.
Em 09 de agosto, os talibãs lançaram um ataque à cidade de Ghazni, provocando a morte de pelo menos 100 membros das forças de segurança.
Os talibãs ainda não responderam à oferta do presidente Ashraf Ghani de um cessar-fogo durante o feriado religioso de Eid al-Adha que começou na terça-feira.
O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo pretende nomear Zalmay Khalilzad, ex-embaixador dos Estados Unidos no Afeganistão, para um posto especial para lidar com o processo de paz afegão-talibã. Com informações da Agência Lusa.