Países do Pacífico cobram volta dos EUA ao Acordo de Paris
Nações de reuniram em Nauru para debater mudanças climáticas
© REUTERS/Leah Millis
Mundo Meio Ambiente
Os líderes de 18 países do Pacífico, reunidos na ilha de Nauru, de apenas 10 mil habitantes, assinaram nesta quinta-feira (6) uma declaração conjunta que cita as mudanças climáticas como "a mais grave ameaça" à segurança e ao bem-estar dos povos da região.
O documento encerrou o 49º Fórum das Ilhas do Pacífico e reuniu algumas das nações mais ameaçadas pelo aumento do nível dos mares, como a própria Nauru.
"Os líderes reafirmam a importância de uma ação imediata para combater as mudanças climáticas a apelam a todos os países, principalmente aos grandes emissores de gases do efeito estufa, para que implantem plenamente os objetivos de mitigação", diz a declaração.
Além disso, exortam os Estados Unidos a permanecerem no Acordo de Paris sobre o Clima e a manter os pactos assumidos por Barack Obama. Donald Trump anunciou a saída dos EUA do tratado em 2017, mas a retirada só deve ser efetivada no fim de 2020.
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No entanto, as políticas da Austrália também preocupam seus vizinhos. O país se comprometeu a reduzir suas emissões em 26% na comparação com 2005, mas o governo conservador atualmente no poder ainda não implantou políticas para atingir esse objetivo.
Como região, o Pacífico é a que menos produz gases do efeito estufa no mundo, mas seus habitantes estão na primeira linha dos efeitos do aquecimento global, sofrendo com o aumento do nível dos mares, a crescente salinidade da água e desastres naturais mais frequentes.
No fórum de Nauru, os países anunciaram a criação de um fundo de US$ 1,5 bilhão para ajudar a região a responder às mudanças climáticas. Com informações da Ansa.