Extrema direita avança, mas perde eleições na Suécia
Partido Social-Democrata foi o mais votado, com 28,4%
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Mundo Democracia
Repetindo um cenário já visto em outros países da Europa, as eleições parlamentares na Suécia registraram um avanço da extrema direita, mas, ao contrário da Itália, ainda insuficiente para levá-la ao poder.
O partido ultranacionalista Democratas Suecos, de Jimmie Akesson, conquistou 17,6% dos votos, quase cinco pontos a mais que os 12,9% obtidos nas eleições de 2014, e aumentou sua fatia no Parlamento de 49 para 62 assentos.
O Partido Social-Democrata Sueco, do primeiro-ministro Stefan Lofven, no poder há quatro anos, perdeu 12 cadeiras (113 a 101), mas ainda assim ficou em primeiro lugar, com 28,4% dos votos, à frente do conservador Partido Moderado, com 19,8%.
Ainda assim, esse foi o pior desempenho da história da legenda de centro-esquerda. Sem maioria no Parlamento, Lofven terá de construir alianças se quiser continuar no governo. "Cabe agora aos partidos cooperar de forma responsável para criar um governo forte. Um partido com raízes nazistas nunca poderá oferecer nada de responsável", declarou.
Já o líder da ultradireita comemorou o resultado de seu partido.
"Aumentamos nossos assentos no Parlamento e teremos um enorme peso no que acontecerá na Suécia nas próximas semanas, meses e anos", afirmou Akesson.
A campanha eleitoral no país escandinavo teve momentos de tensão, inclusive com ataques de neonazistas contra jornalistas e eleitores.
Um dos principais temas foi a migração, já que a Suécia é o Estado-membro da União Europeia que mais acolhe deslocados internacionais, com 292,6 mil, o que representa pouco mais de 2,9% de sua população. (ANSA)