Meu pai não pode confiar em todo mundo a seu redor, diz filho de Trump
Donald Trump Jr. também falou das suspeitas que rondam a família por causa da investigação de envolvimento de agentes russos na campanha de 2016
© Reuters / Joshua Roberts
Mundo Notícias
O filho mais velho de Donald Trump afirmou nesta terça (11) que o artigo anônimo atribuído a um membro de alto escalão do governo, publicado no New York Times na última semana, é "bem nojento" e que o presidente não pode confiar em todos que o rodeiam.
"Eu acho que há pessoas em quem ele pode confiar", disse Donald Trump Jr. à emissora ABC News. "Mas é um grupo muito menor do que eu gostaria que fosse."
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O artigo publicado pelo Times diz que há uma "resistência silenciosa" no governo formada por "pessoas que têm escolhido colocar o país em primeiro lugar" e que os americanos deveriam saber que, apesar de todo o caos gerado por Trump, há "adultos na sala" que tentam fazer o certo.
Sobre o autor, cuja identidade o jornal afirma conhecer mas preferir omitir por segurança, Trump Jr. afirmou que deve ser "uma pessoa de muito baixo nível". "É bem nojento, bem triste. Talvez seja uma pessoa descontente que foi demitida porque não conseguiu entregar o que deveria fazer."
A atitude de "tentar controlar a presidência quando não se é presidente" é uma subversão à vontade do povo, segundo ele. "Milhões de americanos votaram nele." O autor ou autora do artigo afirma que membros da equipe presidencial dão contraordens após ouvirem os pedidos de Trump e escondem documentos delicados para que ele não os assine.
O primogênito de Trump também falou das suspeitas que rondam a família por causa da investigação de envolvimento de agentes russos na campanha de 2016. Ele disse que não tem medo de ser preso.
Durante a campanha presidencial de 2016, ele se reuniu com russos na Trump Tower para obter informações sobre a adversária do pai, Hillary Clinton. O encontro poderia levar ao indiciamento de Trump Jr. pelo procurador especial Robert Mueller, que investiga se houve interferência russa no pleito daquele ano.
"Eu sei o que fiz, e não estou preocupado", disse. "Isso não significa que eles não tentarão criar alguma coisa, já vimos isso acontecer com tudo."
"Eu entendo que eles [os investigadores] estão tentando pegar o meu pai, e eles farão tudo que puderem para conseguir isso", acrescentou.
Afirmou ainda acreditar que, caso os eleitores republicanos não compareçam às eleições legislativas de novembro, poderiam contribuir para um eventual impeachment de Trump. "Nosso povo, o povo Maga [Make America Great Again, slogan da campanha do republicano] precisa sair e votar." Com informações da Folhapress.