Macron lança plano de combate à pobreza na França
Programa tem foco em crianças e jovens
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O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (13) que vai investir oito bilhões de euros na criação de um plano de combate à pobreza, que terá foco nas crianças e jovens do país.
"Estou aqui para começar uma nova luta, crucial para o nosso país, para garantir que nenhum cidadão será esquecido", declarou Macron em discurso realizado no Museu do Homem, em Paris. "Existe um Mozart em toda a criança, inclusive nas que nascem em famílias pobres, mas seus potenciais são desperdiçados porque nós decidimos que não há chance para que eles se tornem um Mozart", acrescentou.
O plano durará quatro anos e inclui oferecer café da manhã gratuito e almoços subsidiados às crianças e jovens na escola, para que as famílias possam usar o dinheiro que gastariam com alimentação para trabalhar e estudar adequadamente. As cidades mais pobres da França também terão creches financiadas pelo Estado. "Não ter acesso a creches significa bloquear às pessoas o acesso a trabalho e a treinamentos", disse Macron. O plano ainda prevê que a assistência médica gratuita será estendida a mais pessoas.
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Cada adulto beneficiado pelo programa deverá se inscrever em um sistema de reinserção ao trabalho, que não permitirá que mais de duas ofertas de emprego sejam recusadas. As crianças deverão estar matriculadas em instituições de ensino até completarem 18 anos, em uma medida que visa a diminuir a evasão escolar.
O gasto da França com programas sociais, incluindo saúde, habitação e suporte ao emprego representa 32% do Produto Interno Bruto (PIB), a maior taxa da Europa. Mesmo assim, houve um aumento da parcela da população que vive abaixo da linha da pobreza após a crise econômica mundial de 2008, que hoje é de 14%, de acordo com estatísticas oficiais. Em junho, Macron causou revolta em parte dos franceses ao reclamar dos gastos do Estado dizendo que grandes somas de dinheiro não estariam tirando as pessoas da pobreza. O plano faz parte de um esforço do presidente para ganhar a simpatia de grupos da esquerda francesa, que o consideram o "presidente dos ricos". (ANSA)