Brasil e mais 10 países rechaçam ação militar na Venezuela
Declaração chega após OEA "não descartar nenhuma opção"
© Marco Bello/Reuters
Mundo Intervenção
Onze países do Grupo de Lima, incluindo o Brasil, rechaçaram a hipótese de uma intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro na Venezuela.
Em comunicado divulgado no último sábado (15), as nações "reafirmam seu compromisso para contribuir com a restauração da democracia na Venezuela e com a superação da grave crise política, econômica, social e humanitária enfrentada pelo país, através de uma saída pacífica e negociada".
"Nesse sentido, continuarão a promover iniciativas com esse fim no âmbito do Direito Internacional", diz o comunicado. Também assinam a declaração Argentina, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
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O Grupo de Lima possui 14 membros, mas Canadá, Colômbia e Guiana não firmaram o texto. "[Os países] Expressam sua preocupação e seu rechaço a qualquer curso de ação ou declaração que implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela", conclui a declaração.
Na última sexta-feira (14), em visita à cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que "não descartava" uma ação militar para tirar Maduro do poder. "As iniciativas diplomáticas continuam sendo prioridade, mas não devemos excluir outras ações", afirmou.
Também há relatos de que militares venezuelanos anti-Maduro se reuniram com o governo de Donald Trump para discutir uma intervenção. (ANSA)