Meteorologia

  • 23 DEZEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Maduro acusa EUA de usarem crise para justificar ação militar

O presidente venezuelano afirmou que a crise humanitária que o seu país sofre está sendo usada como desculpa pelos Estados Unidos

Maduro acusa EUA de usarem crise para justificar ação militar
Notícias ao Minuto Brasil

05:37 - 27/09/18 por Folhapress

Mundo Venezuela

Em um dos discursos mais longos até agora na Assembleia-Geral da ONU, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a crise humanitária na Venezuela foi fabricada para justificar uma intervenção no país. Ele também se comparou com o líder sul-africano Nelson Mandela.

"Usam uma crise humanitária para justificar as sanções contra a Venezuela. Fabricaram uma crise migratória. Que caia sobre seu próprio peso", afirmou durante seu discurso, que durou 50 minutos e foi interrompido por aplausos dos participantes em pelo menos quatro ocasiões.

"[Os Estados Unidos] fabricaram uma crise migratória para justificar uma intervenção humanitária, no mesmo esquema das armas de destruição em massa do Iraque, um esquema brutal de guerra psicológica", acusou o ditador venezuelano.

+ Trump diz que pode mudar de ideia sobre Kavanaugh após ouvir denuncias

Segundo ele, o objetivo também é desviar a atenção da "verdadeira crise", entre os países do Sul, "o muro de divisões entre nosso povo".

Assim como tirar o foco da política migratória conduzida pelo governo americano e que se caracterizou, entre abril e junho, pela separação de pais e filhos flagrados tentando entrar nos EUA pela fronteira com o México.

Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que "todas as opções" estavam sobre a mesa na Venezuela.

"Todas as opções estão na mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia-Geral da ONU.

"E vocês sabem o que quero dizer com forte", completou, em uma alusão a uma possível intervenção militar americana.

Ao final do discurso, Maduro se comparou ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que chegou a ser considerado terrorista pelo governo americano pela atuação de seu partido, o Congresso Nacional Africano, e incluído na lista de sanções econômicas. "Não lhes parece familiar?", disse. Com informações da Folhapress. 

Campo obrigatório