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As autoridades indonésias reabriram hoje o aeroporto de Palu, a cidade mais atingida por um terremoto de magnitude 7,5 e de um tsunami, na sexta-feira, o que vai acelerar a chegada de ajuda humanitária a milhares de vítimas. Os voos comerciais serão limitados e as operações de emergência e de ajuda humanitária terão prioridade, num momento em que o último balanço oficial aponta para mais de 800 mortos, cerca de 500 de feridos, 29 desaparecidos e 16.732 deslocados.
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Há relatos de equipes de resgate que ouvem pessoas gritando, presas nos escombros, bem como de pilhagens em Palu, enquanto a Cruz Vermelha Internacional destacou em comunicado que "é extremamente preocupante" não terem qualquer informação da outra cidade afetada, Danggala: "Isto já é uma tragédia, mas pode ser pior".
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A Força Aérea da Indonésia vai enviar dezenas de aviões Hercules, quatro aeronaves Boeing 737, cinco CN 295, duas aeronaves CN 235 e vários helicópteros para reforçarem o apoio às operações de resgate, humanitárias, nas evacuações e na logística.
O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, disse hoje à imprensa local que também enviará 100 membros das unidades especiais.
O Ministério da Saúde está organizando a chegada de pessoal e suprimentos médicos a Palu, onde habitam 350 mil pessoas, e outras áreas afetadas, como a cidade de Donggala, a outra mais castigada, com 277 mil pessoas.
Fontes no terreno já apontaram a carência de especialistas em ortopedia, de cirurgiões gerais, neurocirurgiões, anestesistas e enfermeiros.
O Ministério dos Assuntos Sociais enviou para Palu seis cozinhas públicas com capacidade para preparar 36 mil refeições diárias.
As autoridades, para conterem os casos de roubo e pilhagem em Palu, autorizaram as vítimas a obter provisões em determinados negócios dirigidos pelo Estado.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, repetiu hoje que "o número de vítimas continua aumentando".
As equipes de resgate começaram hoje a retirar mais de meia centena de pessoas que teriam ficado presas no Hotel Roa Roa quando desabou na sexta-feira, com o apoio de maquinaria pesada.
O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, planeja visitar hoje a área mais afetada, na companhia de vários ministros.
A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registram cerca de sete mil terremotos, a maioria moderados.
Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400 mil ficaram deslocadas devido a quatro terremotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok. Com informações da Lusa.