Rússia anula autorização para intervenção militar na Ucrânia
O Senado russo anulou hoje (25), a pedido do presidente Vladimir Putin, a autorização para uma intervenção militar na Ucrânia, aprovada em março. Apenas um senador votou contra a decisão, enquanto 153 aprovaram o pedido de Putin. De acordo com o governo, o objetivo do anulamento é ajudar a normalizar a situação na Ucrânia. A decisão do Senado entra em vigor imediatamente.
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"Se o presidente precisar recorrer a contramedidas de natureza militar, a Comissão de Segurança e Defesa está pronta a levar em consideração tais propostas", disse o presidente do casa, Viktor Ozerov.
Ontem (24), Putin pediu ao Senado a suspensão da autorização para intervir militarmente na Ucrânia, aprovada no dia 1º de março deste ano. Ele pediu o prolongamento do cessar-fogo provisório, que deveria terminar hoje.
O presidente ucraniano, Petro Porochenko, elogiou a medida e disse que esse é o “primeiro passo concreto" para uma solução da situação no Leste da Ucrânia.
A decisão surge mais de dois meses depois do início de uma revolta separatista pró-russa no Leste da Ucrânia, onde os combates entre o Exército e os rebeldes causaram pelo menos 375 mortes. Países ocidentais acusam a Rússia de armar a rebelião para desestabilizar a antiga república soviética, que vai assinar na próxima sexta-feira (27) o último capítulo de um acordo histórico de associação com a União Europeia, afastando-se da influência russa. A Rússia nega essas acusações.