Alemanha vai extraditar assassino de jornalista búlgara

O tribunal de Celle, na Baixa Saxónia, indicou que o suspeito não se opôs à extradição que pode ocorrer "nos próximos dez dias"

© Stoyan Nenov/Reuters

Mundo Viktoria Marinova 12/10/18 POR Lusa

O assassino da jornalista búlgara detido na Alemanha vai ser extraditado "em breve" para a Bulgária. Identificado como Severin Krasimirov, ele admitiu ter agredido Viktoria Marinova, disseram, nesta sexta-feira (12), fontes judiciais alemãs. O tribunal de Celle, na Baixa Saxónia, indicou que o suspeito não se opôs à extradição que pode ocorrer "nos próximos dez dias".

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Segundo o tribunal, o homem de 20 anos reconheceu que discutiu com a vítima no último sábado (6), quando se encontrava sob efeito de álcool e drogas, tendo admitido que agrediu a jornalista "com um soco na cara".

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De acordo com o depoimento que prestou perante a justiça alemã, o agressor disse também que depois "arrastou a jovem" para junto de um arbusto, mas, conforme fontes, ele "não teve intenção de agredir a vítima e negou que a tenha violado".

Krasimirov, cidadão de origem búlgara, cujo DNA foi encontrado no local do crime, foi detido na Alemanha graças a um mandado de prisão europeu. Na quarta-feira (10), o procurador-geral búlgaro disse aos jornalistas que a linha de investigação estava explorando um "ataque espontâneo e abuso sexual da vítima".

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Morte revolta búlgaros e categoria

A morte da jornalista Viktoria Marinova, 30 anos, apresentadora da estação TVN, uma televisão local, provocou uma vaga de indignação e notícias que indicam que se tratou de um ajuste de contas por causa do trabalho que estava investigando sobre possíveis atos de corrupção cometidos por empresários e políticos.

O vice-presidente da Comissão europeia, Frans Timmermans referiu que se "tratava de uma jornalista corajosa vítima da luta pela verdade e contra a corrupção".

Por outro lado, o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, denunciou na quarta-feira que as conclusões foram apressadas. "Em apenas três dias já li coisas monstruosas sobre a Bulgária".

Em um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras, a Bulgária ocupa a 111ª posição (num total de 180) na lista mundial sobre a liberdade de imprensa.

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Para a organização não-governamental, os jornalistas de investigação estão expostos a "inúmeras formas de pressão e intimidação" e enfrentam "o monopólio midiático dos oligarcas e das autoridades alegadamente envolvidas em casos de corrupção e grupos de crime organizado". Com informações da Lusa.

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