Com ventos de 170 km/h, Leslie atinge Portugal e deixa estragos
Foram registradas rajadas de vento de 170 km/h, que arrancaram árvores e deixaram milhares de casas sem luz
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Mundo Mau tempo
Queda de árvores, danos na via pública, casas e ruas sem eletricidade, desalojados, estradas cortadas e voos cancelados. Erste foi o rasto que após a passagem de Leslie, um furacão que se transformou em tempestade pós-tropical, e que atingiu Portugal Continental no fim da tarde desse sábado (13).
Foram registradas rajadas de vento de 170 km/h, que arrancaram árvores e deixaram milhares de casas sem luz, uma situação que a EDP Distribuição (uma das empresas que fornece energia ao país), assumiu como sendo "muito grave". Grande parte do país já tinha sido avisado sobre o alerta vermelho, antecipado pelas autoridades locais.
Durante a madrugada, a Proteção Civil registrou 27 feridos leves e quase 1,9 mil ocorrências devido ao mau tempo, sobretudo resultantes de queda de árvores e estruturas, como andaimes e sinais de trânsito.
Os ventos também foram intensos para os telhados, o que provocou mais de 60 desalojados, 57 dos quais no distrito de Coimbra, um em Leiria e três em Viseu.
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Várias estradas estiveram cortadas em diversos municpíos, sobretudo no centro do país, nomeadamente na A1, no sentido Norte-Sul, perto da área de serviço do Pombal, devido à queda de uma árvore causada pelo vento forte. O IC2 também esteve cortado ao trânsito nas zonas de Pombal, Leiria e Albergaria-a-Velha. Na sua maioria, já foram, entretanto, reabertas.
Entre o aeroporto de Lisboa e Funchal, de acordo com a informação disponível no portal da ANA - Aeroportos de Portugal, foram cancelados cerca de 30 voos.
Já no início da noite, as autoridades tinham deixado fortes recomendações para que as pessoas se afastassem das áreas costeiras e que se protegessem durante as horas críticas das 23h às 4h. "Evitem sair de suas casas pelo menos até às 4h da manhã ou até informação em contrário por parte das autoridades", alertou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Leslie só acalmou quando chegou ao Minho, no Norte do país. O presidente do IPMA, Jorge Miranda, explicou que, após a tempestade pós-tropical chegar àquela região ,a situação meteorológica ia "normalizar rapidamente".