Secretário americano chega a Riad por causa de jornalista desaparecido
Mike Pompeo foi recebido pelo ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Jubeir
© Leah Millis / Reuters
Mundo Investigação
O secretário de Estado americano Mike Pompeo chegou a Riad, na Arábia Saudita, para uma reunião com o rei Salmana bin Abdul-Aziz al-Saud sobre o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi.
Crítico da monarquia do golfo Pérsico e colaborador do jornal americano Washington Post, Khashoggi não é visto desde que entrou na representação diplomática, no último dia 2, para obter documentos para seu casamento. O regime saudita afirma que o jornalista deixou o prédio, mas não ofereceu provas.
Já Pompeo foi recebido, de acordo com informações do portal G1, pelo ministro de Relações Exteriores Adel al Jubeir.
Nesta segunda-feira (15), a imprensa internacional veiculou a informação de que o governo saudita estaria considerando emitir uma declaração sobre o caso, explicando que Khashoggiele, crítico do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, teria sido morto por engano, durante um interrogatório que deu errado.
+ Manifestantes protestam contra novas restrições para green card nos EUA
Também ontem, as autoridades turcas começaram a investigar o consulado saudita em Istambul como parte da investigação, conforme o jornal "Sabah", citando fontes do Ministério das Relações Exteriores em Ancara.
A inspeção ocorre na presença simultânea dos investigadores turcos e sauditas, que chegaram na semana passada, após um acordo entre Ancara e Riad, para a criação de um "grupo de trabalho conjunto".
A abertura das portas do consulado havia sido prometida pelas autoridades sauditas há quase uma semana. A polícia turca está "investigando seriamente" a hipótese de que o corpo de Khashoggi foi dissolvido em ácido, relatou o jornal "Haberturk".
O caso tem provocado indignação internacional, com o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçando com uma "punição severa" caso se comprove que Khashoggi foi morto dentro do consulado e aliados europeus pedindo uma "investigação confiável".