Corpo de Khashoggi foi dissolvido, diz assessor de Erdorgan
Repórter foi assassinado dentro do consulado saudita na Turquia
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Mundo em ácido
Um mês após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, o assessor do presidente da Turquia, Yasin Aktay, disse nesta sexta-feira (2) que o corpo do dissidente foi esquartejado e dissolvido em ácido.
"A única conclusão lógica é que os responsáveis pela morte de Khashoggi desmembraram seu corpo para que fosse dissolvido com mais facilidade e para não deixar rastros", informou o assessor de Recep Tayyip Erdogan ao jornal Hurriyet Daily.
As alegações foram reveladas depois que a noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, pediu aos líderes mundiais que "levassem os acusados à justiça", em um editorial publicado em diversos jornais, incluindo o The Guardian e o Washington Post.
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"Todos os locais para os quais nos levam as câmeras de segurança foram examinados e não encontramos o cadáver", disse Aktay, que tinha boas relações com Khashoggi. Para ele, "matar uma pessoa inocente é um crime. O que fizeram com o corpo é outro crime e uma vergonha".
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, por sua vez, afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o colunista do Washington Post era um "islamita perigoso".
O telefonema à Casa Branca teria ocorrido no dia 9 de outubro antes da Arábia Saudita admitir que Khashoggi estava morto. O país árabe negou que os comentários tenham sido feitos ou que sua família real estivesse envolvida no assassinato e diz que está "determinada a descobrir todos os fatos". (ANSA)