Grupos antiaborto ganham força; maconha é legalizada em mais estados
Ativistas fizeram campanha intensiva por candidatos contrários ao aborto em estados onde os republicanos tiveram suas mais expressivas vitórias
© Toya Sarno Jordan/Reuters
Mundo EUA
Os conservadores contrários ao aborto conseguiram importantes vitórias nas eleições desta terça-feira (6) com o aumento da bancada no Congresso, a eleição de governadores contrários à interrupção da gravidez e a aprovação de medidas que restringem a prática.
No Senado, os republicanos conquistaram três assentos democratas. Josh Hawley (Missouri), Mike Braun (Indiana), e Kevin Cramer (Dakota do Norte) são todos contra a prática.
A vitória dos três poderia facilitar, por exemplo, a aprovação de juízes na Suprema Corte que flexibilizem as proteções legais contidas no marco jurídico Roe vs Wade, de 1973, que incluiu o direito a aborto na 14ª emenda constitucional.
Ele prometeu -e entregou- medidas que atendem às prioridades desse grupo, entre elas nomear conservadores para a corte.
Os ativistas fizeram campanha intensiva por candidatos contrários ao aborto em estados onde os republicanos tiveram suas mais expressivas vitórias. Quatro estados ganharam governadores antiaborto: Iowa, Flórida, Geórgia e Ohio.
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No Alabama e na Virgínia Ocidental, os eleitores aprovaram em referendos iniciativas que limitam os direitos ao aborto e podem provocar questionamentos à decisão Roe vs Wade.
Em ambos, houve mudança na Constituição estadual para indicar que eles não protegem o direito ao aborto ou requerem recursos para financiar a prática.
A segunda emenda da Constituição de Alabama também dirá que apoia os direitos de bebês que não nasceram, conferindo a eles proteções constitucionais.
Mas os ativistas pró-aborto tiveram uma vitória no Oregon, os eleitores rejeitaram proposta que proibiria programas de saúde que recebem dinheiro público de cobrir aborto.
A questão foi uma das polêmicas abordadas nas 155 consultas populares. A outra foi a maconha, aprovada para uso recreativo no Michigan e fins medicinais em Utah e Missouri. A Dakota do Norte rejeitou a legalização da erva.
Já os eleitores de Arkansas e Missouri aprovaram o aumento do salário-mínimo nos próximos anos. Com informações da Folhapress.