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A epidemia de ebola, declarada no dia 1º de agosto nas províncias de Ituri e Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, já é o maior da história do país relativamente ao número de contágios, anunciou neste sábado (10) o governo.
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"[Este surto] acaba de ultrapassar o da primeira epidemia registrada na história [da República Democrática do Congo] em 1976 em Yambuku, na província [noroeste] do Equador. Até o momento, houve 319 casos e 198 mortes", afirmou o ministro da Saúde congolês, Oly Ilunga Kalenga, em comunicado divulgado pela agência de notícias espanhola Efe.
Esta epidemia, com 198 mortes, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde congolês em 8 de novembro, já é a terceira mais mortal do país, perdendo apenas para o primeiro surto em 1976 e a terceira declarada em 1995 no Kikwit city, na qual 250 pessoas morreram.
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"Nenhuma outra epidemia no mundo tem sido tão complexa como a que estamos experimentando atualmente", afirmou Ilunga Kalenga, recordando também a rejeição, as ameaças e as agressões habitualmente enfrentadas pelas equipas médicas e humanitárias que trabalham na região.
A forte rejeição gerada por uma grande parte da população que está sendo tratada contra o ebola, devido ao desconhecimento e medo de uma doença mortal e crenças culturais, é agravada pela instabilidade que assola estas regiões do noroeste da República Democrática do Congo.
É a primeira vez que uma epidemia de ebola é declarada em uma zona de conflito, onde existe centenas de grupos armados, o que leva à deslocação contínua de milhares de pessoas que podem ter estado em contato com o vírus.
A insegurança complica e limita o trabalho dos profissionais de saúde que sofrem ataques ou mesmo sequestros realizados por grupos rebeldes, como aconteceu com três agentes de proteção civil e um epidemiologista na cidade de Matembo. Com informações da Lusa.