Bogotá transfere 300 venezuelanos no meio de protestos
As autoridades locais vão dar prioridade a idosos, crianças e mulheres grávidas
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Mundo Retirada
O município de Bogotá, na Colômbia, iniciou, nesta terça-feira, o processo de retirada de quase 300 venezuelanos que há quase quatro meses acamparam num albergue improvisado em El Bosque, nas proximidades do terminal de autocarros. As transferências estão sendo realizadas no meio de protestos dos venezuelanos, que ficarão num acampamento da localidade de Engavitá, com acesso a serviços que não tinham anteriormente.
Segundo a secretária municipal de Integração Social de Bogotá, Cristina Vélez, o novo "acampamento humanitário" tem melhores condições e os venezuelanos vão receber, à chegada, alimentos não perecíveis, doados por várias organizações não governamentais e por habitantes da Colômbia.
As autoridades locais vão dar prioridade a idosos, crianças e mulheres grávidas, para os quais serão desencadeados processos de atribuição da nacionalidade colombiana, segundo um anúncio recente do Presidente do país, Iván Duque.
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"Por muitas razões, não apenas por uma questão de solidariedade, de irmandade, mas também porque é uma aposta para o futuro deste país acolher gente jovem que queira trabalhar", explicou Cristina Vélez aos jornalistas.
A chegada dos venezuelanos esteve também marcada por protestos da população local que, com cartazes e palavras de ordem, acusaram o município de "transferir o problema".
Dados recentes divulgados pelas Nações Unidas dão conta de que mais de 2,3 milhões de venezuelanos abandonaram a Venezuela, para escapar da crise política, econômica e social no país.
Aproximadamente um milhão de venezuelanos está na Colômbia e perto de 35 mil passam diariamente a fronteira para ir ao vizinho país comprar alimentos e medicamentos escassos na Venezuela. Com informações da Lusa.