Criança toma pílulas após sofrer bullying: 'Chorei e ela saiu rindo'
O desabafo foi publicado em uma rede social oito minutos antes de a garota tentar se matar, tomando vários comprimidos
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Mundo Inglaterra
"Ela puxou meu cabelo, me empurrou, me deu um tapa e fechou a porta do armário na minha cabeça". As ofensas foram feitas por uma aluna de uma escola em Worcester, na Inglaterra, à Lilly-Jo, 9 anos. O desabafo foi publicado em uma rede social oito minutos antes de a garota tentar se matar, tomando vários comprimidos.
A mãe da criança, Jess Brown, de 27 anos, levou a filha às pressas ao hospital Worcestershire Royal, na segunda-feira (12), um dia antes de ela completar 10 anos. “Minha filha está lutando por sua vida por causa do bullying”, contou a mãe, em entrevista ao Worcester News.
Lilly, que estava na unidade de ensino há pouco mais de dois meses, começou a se comportar diferente, segundo Jess. "Percebi que Lilly não estava bem na segunda (dia do ocorrido), pois não comia e parecia muito cansada. Foi quando ela admitiu que tomou algumas pílulas e eu a levei correndo para o hospital. Pensei que minha filha fosse morrer”, relembrou.
Jess foi até os pais da menina que praticou o bullying, no dia seguinte da overdose da filha, para tentar conversar com eles sobre o que havia acontecido. “Eu queria mostrar para eles o impacto das palavras de sua filha, mas eles apenas riram de mim e me xingaram”.
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Sofrimento compartilhado
Antes de tentar se matar, Lilly fez um vídeo e publicou em uma rede social para que as pessoas soubessem do bullying que vinha sofrendo nas escola. “Tem uma criança na escola que está me provocando desde que eu entrei lá. Ela puxou meu cabelo, me empurrou, me deu um tapa e fechou a porta do armário na minha cabeça. Eu chorei e ela saiu rindo”, desabafou.
"Ela ficou me encarando nos vestiários e me chamando de gorda, estou com muito medo. Toda vez que eu tento contar para a escola, elas não me escutam. Ela me avisou que, se eu não mudar de escola, vai continuar me provocando até eu ficar com raiva. Eu não quero me matar”, desabafou a menina.
Descaso na escola
Jess afirmou que a garota ficou triste e muito decepcionada pela posição da escola de não levar o bullying a sério. Segundo ela, várias tentativas de contar aos seus professores foram feitas. “Eu disse à escola que ela estava sendo intimidada, mas eles não fizeram nada para ajudar. Ela está com medo de voltar para lá”.
Com desatenção do colégio, Jess disse que a filha não estudará mais no estabelecimento. “Nós não vamos mandá-la de volta para a escola, não vale a pena o risco. O médico disse que se tivéssemos deixado a Lilly lá por mais duas semanas, ela estaria morta. E eu não vou enterrar minha filha”.