'Assange tem garantias para deixar embaixada', diz Equador
Moreno disse que Londres prometeu não extraditar o australiano
© REUTERS
Mundo Wikileaks
O presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tem "garantias suficientes" do governo do Reino Unido para "deixar a embaixada" do país latino em Londres.
Em entrevista a uma rádio nesta quinta-feira (6), Moreno afirmou que seu gabinete recebeu garantias por escrito de que as autoridades britânicas não extraditarão Assange para nenhum país onde ele arriscasse a pena de morte, como os Estados Unidos.
O presidente do Equador não disse se forçará o australiano a deixar a embaixada, onde ele vive asilado desde junho de 2012, mas os advogados do ativista já consideram os próximos passos, segundo a agência "AP".
Assange se refugiou na embaixada para escapar de uma extradição para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual - caso já arquivado. O país latino, na época, era governado por Rafael Correa, que o apoiava, mas Moreno vem adotando uma postura mais dura e já chegou até a bloquear a internet do australiano por supostas interferências em assuntos de outros países.
O fundador do WikiLeaks corre o risco de ser condenado à pena de morte por ter divulgado documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos em 2010. Ele chegou a prometer que se entregaria caso a ex-militar Chelsea Manning, pivô do escândalo de vazamento, fosse libertada, mas não cumpriu o anunciado. (ANSA)