Huawei diz que paga por vigilância de executiva se ela for solta
Wanzhou Meng, de 46 anos, foi presa no último dia 1º deste mês, no Canadá, a pedido do governo americano
© David Ryder / Reuters
Mundo Extradição
Advogados da diretora financeira da Huawei, Wanzhou Meng, disseram nesta segunda-feira (10) que a empresária chinesa, presa no Canadá, pode pagar pela vigilância que garantiria sua permanência no país se a Justiça a libertar pagando fiança.
A oferta foi feita durante audiência em um tribunal canadense, que julga se Wanzhou Meng poderá esperar em liberdade a análise do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.
No entanto, a Justiça do país só decidirá o caso nesta terça (11), em uma terceira audiência.
A executiva, de 46 anos, foi presa no último dia 1º deste mês, em Vancouver, Canadá, a pedido do governo americano, que alega ter descoberto que ela acobertava as ligações de sua empresa com uma companhia que tentou vender equipamentos para o Irã, apesar das sanções.
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Na sexta-feira (7), os promotores pediram ao Tribunal Supremo de Columbia Britânica que Meng permaneça presa até que o pedido de extradição americano seja julgado por considerar que a executiva chinesa pode fugir do Canadá.
Os advogados de Meng, que é filha do fundador da Huawei, têm intenção de permanecer no Canadá. Se o juiz do caso estabelecer uma fiança para libertá-la, ela deve ir para em uma das duas mansões que possui em Vancouver.
A defesa da executiva também se ofereceu para pagar as despesas de duas empresas de vigilância que garantiriam sua permanência no país: uma de segurança para executivos e outra de controle eletrônico para acompanhar seus passos fora da prisão.
Meng também afirmou, em uma declaração juramentada, que teme por sua saúde. Desde que foi presa, a executiva precisou ser hospitalizada uma vez para tratar de uma crise de hipertensão.