Brasileira denuncia agressão de namorado DJ: 'Fiquei inconsciente'
A vítima revelou ainda ter fraturas nos ossos do crânio e da face
© Reprodução
Mundo Alemanha
O rosto desfigurado da brasileira Rebeca Kodaira, 22 anos, após ter sido supostamente agredida pelo namorado e pai da filha dela, o DJ alemão Fabian Laumer, chocou internautas do mundo todo. A jovem divulgou, na sexta-feira (28), imagens e vídeos da agressão, que teria acontecido no dia 5 deste mês, no apartamento onde moram, em Berlim, Alemanha.
A coragem de colocar na internet os atos violentos praticados pelo companheiro só surgiu depois de Rebeca, que é produtora e DJ, voltar para o Brasil - São Paulo - com a filha, de apenas 11 meses. Em entrevista ao G1, a vítima revelou ainda ter fraturas nos ossos do crânio e da face. A reportagem tentou entrar em contato com Fabian por e-mail, mas, até o momento, ele não respondeu aos questionamentos.
Segundo Rebeca, o DJ chegou a ser detido por uma noite. Depois, as autoridades alemãs proibiram Fabian de chegar a mais de 200 metros de distância dela.
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Indo de encontro à versão contada pela brasileira, o alemão usou a página do Facebook dele, no mesmo dia das postagens, para se defender. Além de negar as acusações, ele disse que a jovem estava internada por estar doente e por ter cometido "auto abuso". O perfil foi removido da rede social depois do "post". Os dois estavam juntos desde 2017.
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Passado saudável
"Nossa relação era muito boa antes da nossa filha. A gente só viajava, fazia turnê. Depois de a bebê nascer, eu não saía de casa. Isso foi me dando uma depressão. Eu fui ficando triste e doente", diz Rebeca. Durante esse período, ela foi diagnosticada com um tumor benigno na bexiga e problemas nos rins.
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Dia da agressão
"A nossa filha estava dormindo no apartamento, e ele estava consumindo drogas. Eu falei que ia dormir e fui para o outro quarto da casa". Irritado, Fabian, de acordo com Rebeca, acusou-a de ter roubado objetos dele.
Ela também relatou ameaças de morte no dia do ocorrido. "Ele falou que ia me matar. Eu mordi o dedo dele e pedi socorro. Ele tapou minha boca e meu nariz e eu fiquei inconsciente", disse.
Durante as agressões, Fabian teria tentado enforcar Rebeca e deu golpes no rosto e na cabeça, deixando-a no chão do banheiro. "Eu fiquei uma hora desacordada. Quando acordei, só lembro de sair e a ambulância chegar", relembrou a jovem. "No hospital, trocamos mensagens e ele pediu desculpas, disse que estava envergonhado", comentou.
Quem é Fabian
"Ele sempre foi um bom pai, um bom marido, mas tinha estes transtornos. Ele explodia e virava um monstro. Mas um monstro que eu conseguia controlar. Tentava me bater, mas eu conseguia me defender. Eu falava para parar e ele parava. Eu nunca fiz nenhuma acusação porque eu preferia lutar pela família", disse Rebeca.
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Pós-agressão
"Não quero que agridam ele. Nunca fui a favor de violência. Eu quero que ele se trate. Que faça terapia. Que volte a ser a pessoa que eu conheci. Agredir ele não vai voltar no tempo e curar minhas feridas", afirmou.
Rebeca disse estar preocupada com a guarda da filha por não conhecer advogados de direito de família na Alemanha. Desde o que aconteceu, já houve uma audiência inicial. Outra audiência sobre a guarda está marcada para fevereiro, em Berlim.