Coletes amarelos provocam queda na chegada de turistas a Paris
O Governo está "pensando em ações complementares", "tranquilizando" e "comunicando que a segurança está garantida, que a vida continua", diz representante
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As chegadas internacionais aos aeroportos de Paris caíram 5 a 10% em dezembro, com os protestos dos coletes amarelos afugentando muitos turistas, disse nesta sexta-feira (11) uma responsável da Atout France, agência que promove o turismo francês no exterior.
Em relação às reservas aéreas para o início de 2019, Christian Mantei disse aos jornalistas que houve "um declínio de 6,8% para os próximos três meses", admitindo que se as manifestações pararem será possível "retomar rapidamente um crescimento",
Hoje, Mantei e Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Estado do Turismo, reuniram-se em Paris para uma videoconferência com uma dúzia de embaixadores no exterior para avaliar o impacto, dependendo do país, do movimento de "coletes amarelos" nos fluxos turísticos.
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"A situação é muito variada, dependendo do país. Nós sentimos especialmente a preocupação dos asiáticos, que são clientes que precisam ser tranquilizados. Mas, os sinais são positivos do lado dos clientes europeus, que são a maior parte" de turistas que visitam a França, disse o secretário de Estado.
"O impacto mais forte foi no mês de dezembro. Em janeiro e fevereiro esse declínio irá desacelerar e em março recomeçaremos com o crescimento das chegadas internacionais. É preciso manter esta espiral de recuperação", disse Lemoyne.
O secretário de Estado disse que recebeu, durante a semana, vários participantes do setor de turismo francês, incluindo responsáveis das Galerias Lafayette e da Torre Eiffel.
"Em dezembro, no Natal e Ano Novo, houve uma queda nas reservas e uma queda nas chegadas. Entretanto, a França teve uma tendência muito boa durante todo o ano de 2018, que será, nós esperamos, um ano recorde com 90 milhões de turistas internacionais ", disse o secretário de Estado.
Lemoyne disse que o Governo está "pensando em ações complementares", "tranquilizando" e "comunicando que a segurança está garantida, que a vida continua".
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"A França recuperou após os trágicos eventos de 2015 e há um desejo de que isso aconteça", disse Lemoyne. Com informações da Lusa.