Países reconhecem que precisam avançar em direitos humanos
O delegado interministerial para os Direitos Humanos no Marrocos, Mahjoub El Hiba, reconheceu neste sábado (29) que o país precisa avançar na questão da paridade de gêneros e também em ações de combate à violência contra a mulher.
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Mundo Marrocos
No caso específico do combate à violência contra a mulher, El Hiba destacou que, apesar dos esforços que já estão sendo feitos em seu país, é preciso fazer mais. O Marrocos partitipou do Primeiro Fórum Mundial de Direitos Humanos, realizado no Brasil no ano passado, e está sediando a segunda edição do evento, que termina domingo. El Hiba fez a declaração durante o lançamento do livro de memórias da edição brasileira do fórum, que também marcou a última participação oficial do Brasil no evento marroquino.
A expectativa de Mahjoub El Hiba, é que na próxima edição do encontro, o Marrocos possa avançar ainda mais ao identificar temas que, segundo ele, por enquanto, ainda não foram percebidos.
Ideli Salvatti : nenhum país fica igual após sediar fórum de tal magnitude
“Nenhum país que sedia um fórum dessa magnitude fica igual. É uma oportunidade ímpar de receber milhares de pessoas, ideias e práticas com o objetivo de avançar nos direitos humanos”, destacou a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Para ela, quando Brasil, Marrocos e Argentina se dispõem a sediar um evento desse tipo, não há dúvida sobre o compromisso desses países com a promoção e a defesa dos direitos humanos. “Em nenhum dos três países, com certeza, tudo está pronto ou tudo está bem, mas realizar o fórum é reconhecer que é preciso avançar”, afirmou Ideli.
A próxima edição do Fórum Mundial de Direitos Humanos será em 2016, na Argentina. Inicialmente, a ideia era promover o encontro no ano que vem, mas como 2015 será um ano de eleições gerais no país vizinho, o secretário argentino de Direitos Humanos, Martín Fresneda, disse que realizar o fórum com os novos governantes do país eleitos será melhor.
Ao falar sobre que temas devem ser mais trabalhados na edição argentina, Fresneda adiantou que questões como a impunidade dos responsáveis pelo narcotráfico e as referentes à defesa da vida, dignidade e liberdade são fundamentais. “Os direitos humanos vêm reparar grandes tragédias, sempre com justiça e memória para ter sólidas bases democráticas que nos permitam ampliar essa rede”, disse o secretário.