Três migrantes morrem e mais de 100 estão desaparecidos após naufrágio
Barco com pelo menos 120 pessoas foi avistado pela Marinha da Itália, que conseguiu realizar o resgate de três ocupantes
© Stringer . / Reuters
Mundo Líbia
A Marinha da Itália resgatou três migrantes na madrugada deste sábado (19), após o naufrágio de um barco com pelo menos 120 pessoas, a cerca de 50 km ao norte da costa de Trípoli, na Líbia. Ao todo, três migrantes morreram e 20 estão desaparecidos.
"Os três sobreviventes que chegaram a Lampedusa nos disseram que havia 120 [migrantes a bordo]. Depois de 11 horas de navegação, começou a entrar água no barco e começaram a afundar e se afogar", relatou o porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Flavio Di Giacomo, ressaltando que há 10 mulheres entres os desaparecidos, sendo uma grávida, além de duas crianças, uma de apenas dois meses.
De acordo com as autoridades italianas, durante a noite, um avião da Marinha informou ter avistado um bote em condições precárias e lançou dois salva-vidas ao mar. Posteriormente, um contratorpedeiro "Caio Duilio" e um helicóptero foram enviados ao local, conseguindo salvar três migrantes com sintomas severos de hipotermia. Dois refugiados haviam alcançado o bote inflável, enquanto o terceiro precisou ser retirado do mar.
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No barco da Marinha os três sobreviventes receberam os primeiros socorros, mas, em seguida, foram levados de helicóptero para a ilha de Lampedusa devido ao grave estado de saúde. Uma equipe italiana ainda permanece fazendo buscas pelos desaparecidos. Mais cedo, o Centro de Coordenação da Líbia chegou a apreender um navio na área do naufrágio. A Guarda Costeira da Líbia coordenou a intervenção, informou a Marinha.
"Outras mortes na Líbia: enquanto os portos europeus permanecerem abertos, até que alguém continue a ajudar os traficantes, infelizmente os contrabandistas continuarão a fazer negócios e a matar", escreveu o vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, no Twitter. O resgate realizado pelas autoridades da Itália é o primeiro depois que o líder do partido ultranacionalista Liga conseguiu a aprovação do "Decreto Salvini", que endurece as políticas migratórias do país. (ANSA)