Para 1 em cada 3 europeus, antissemitismo cresceu nos últimos 5 anos
A pesquisa foi realizada com mais de 27 mil pessoas nos 28 países europeus
© Vincent Kessler/Reuters
Mundo ódio aos judeus
Metade dos cidadãos da União Europeia considera o ódio aos judeus um problema em seu país, e mais de um terço (36%) acreditam que o antissemitismo aumentou nos últimos cinco anos, aponta o Relatório Eurobarômetro, divulgado nesta terça-feira (22).
A pesquisa foi realizada com mais de 27 mil pessoas nos 28 países europeus. Entre os entrevistados judeus, a percepção de que o antissemitismo aumentou é muito mais prevalente: 9 em cada 10 (89%) responderam sim a essa pergunta.
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Para os entrevistados, a negação do Holocausto é o principal problema, seguido pelo antissemitismo na internet, pichações e vandalismo, além de ameaças contra os judeus no espaço público.
A percepção dessa questão é maior para os judeus. Nove em cada dez pessoas desta confissão estimam que o antissemitismo progrediu em seus países nos últimos cinco anos.
Nos países com maior comunidade judaica, a tendência de considerar que o antissemitismo é um problema foi maior - caso da Suécia, França, Alemanha, Holanda, Itália, Reino Unido e Bélgica. Os suecos (81%) e franceses (72%) foram os que mais responderam sim a essa questão.
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Europeus com amigos e conhecidos judeus ou aqueles que pertenciam a algum tipo de minoria também foram mais propensos a esse tipo de resposta.
"Estou plenamente ciente da ameaça que o antissemitismo continua a representar. Enquanto nos lembramos dos mortos, também devemos nos concentrar nos vivos", declarou a comissária de Justiça, Vera Jourova, no Museu Judaico de Bruxelas, ao apresentar o relatório.
Apenas 3% dos europeus se consideram "muito bem informados" sobre a história, os costumes e as práticas dos judeus, e 68% se consideram "não informados".
A maioria dos europeus (61%) sabe da existência de legislação em seus países criminalizando o incitamento à violência ou ao ódio contra judeus. Menos entrevistados (42%) estão ciente de leis criminalizando o ato de negar o Holocausto (42%).
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A negação do Holocausto, aliás, é percebida como um problema em seu país por metade dos europeus, e 4 em cada 10 acreditam que o tema não é suficientemente abordado na escola.
Jourova anunciou, nesta terça-feira, a criação de um "grupo de trabalho" de especialistas europeus para garantir a aplicação de uma "Declaração sobre o antissemitismo", um documento recentemente assinado pelos 28 e que se compromete a intensificar sua luta. Com informações da Folhapress.