Aliado de Trump é detido em investigação de interferência russa nos EUA
Roger Stone é conselheiro político de longa data do presidente Donald Trump.
© REUTERS/Jim Urquhart
Mundo Suspeita
O FBI (polícia federal americana) prendeu nesta sexta-feira (25) Roger Stone, conselheiro político de longa data do presidente Donald Trump, após ele ser indiciado sob sete acusações decorrentes da investigação que a Procuradoria Especial realiza sobre a interferência russa nas eleições de 2016.
Stone, preso na Flórida, responde por obstrução de processo oficial, cinco acusações de falso testemunho e uma de manipulação de testemunha, segundo o escritório do procurador especial Robert Mueller.
Ainda nesta sexta, ele deve comparecer a uma corte federal em Fort Lauderdale, na Flórida.
A Procuradoria Especial investiga ligações entre a campanha de Trump e a Rússia. O presidente nega qualquer tipo de conspiração ou obstrução judicial.
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Stone começou sua carreira como assessor do ex-presidente Richard Nixon e é um ex-sócio de Paul Manafort, que liderou a campanha presidencial do republicano durante vários meses em 2016. Manafort foi condenado por vários crimes federais decorrentes da investigação de Mueller.
O conselheiro político informal de Trump nega qualquer conexão com a tentativa russa de influenciar a eleição presidencial de 2016.
Investigadores conversaram com ex-assessores que participaram da campanha e associados sobre a arrecadação de recursos durante a campanha e os contatos que Stone tinha no WikiLeaks, uma das organizações que disponibilizou centenas de emails do Partido Democrata nos meses que antecederam as eleições.
A equipe de Mueller foi informada de que Stone dava a impressão de ser um canal para informações para o WikiLeaks e que contava vantagem, depois da revelação dos emails, pela divulgação que prejudicou a candidatura da democrata Hillary Clinton.
Nas redes sociais e em várias entrevistas antes das eleições de 2016, Stone indicou que ele tinha conhecimento prévio de que uma informação negativa sobre a campanha de Hillary poderia vir a público, e sugeriu que ele havia pessoalmente conversado com o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
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Nos meses seguintes, ele mudou de versão e disse que não estava conversando com Assange de verdade e que não tinha conhecimento direto de que os russos eram responsáveis pelo ataque hacker contra democratas.
Stone, no entanto, reconheceu ter trocado mensagens, durante a campanha de 2016, com um usuário que os oficiais de inteligência americanos dizem que era operado por autoridades militares russas que conspiraram para hackear e-mails democratas.
O conselheiro político de Trump já havia admitido publicamente que estava preparado para a possibilidade de ser indicado, apesar de declarar sua inocência e ecoar acusações de Trump de que a investigação de Mueller tinha motivações políticas e era uma espécie de caça às bruxas. Com informações da Folhapress.