Meteorologia

  • 05 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Consulado saudita veta acesso de relatora que apura caso Khashoggi

Agnès Callamard não teria pedido permissão para sauditas.

Consulado saudita veta acesso de relatora que apura caso Khashoggi
Notícias ao Minuto Brasil

14:28 - 29/01/19 por Ansa

Mundo Istambul

As autoridades da Arábia Saudita negaram nesta terça-feira (29) a entrada ao consulado saudita em Istambul da relatora sobre execuções extrajudiciais da ONU, Agnès Callamard, responsável por investigar a morte do jornalista Jamal Khashoggi. A informação foi divulgada pela agência turca "Anadolu" e revela que a especialista foi barrada ao tentar entrar no prédio porque não teria pedido permissão antecipadamente aos diplomatas do país. "Nós avisamos tarde as autoridades sauditas sobre a investigação no consulado. Precisamos dar a eles um pouco mais de tempo para que avaliem o nosso pedido. Queremos a permissão das autoridades para entrar no interior [do edifício]", explicou Callamard aos jornalistas presentes no local. A representante da ONU chegou a Ancara nesta segunda-feira (28) e já se reuniu com os ministros das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, e da Justiça, Abdulhamit Gül. Para hoje, a expectativa é de que ela encontre em Istambul o procurador Irfan Fidan, que lidera a investigação turca sobre o caso. Callamard foi escolhida para abrir uma "investigação internacional e independente" sobre o assassinato de Khashoggi, morto em outubro passado dentro do consulado supostamente torturado e esquartejado por funcionários sauditas. Seu corpo até hoje não foi encontrado. Recentemente, o Ministério Público da Arábia Saudita pediu a condenação à pena de morte de cinco suspeitos de envolvimento no crime.

+Primeiro-ministro da Palestina renuncia ao cargo

Desde o ano passado, Riad já forneceu várias versões sobre a morte do jornalista, inclusive chegou até a negar o falecimento de Khashoggi, que havia ido ao consulado para retirar documentos de divórcio. Em seguida, o governo admitiu o assassinato, mas afirmando que havia sido um acidente. Por fim, o país confirmou que o homicídio foi premeditado. (ANSA)

Campo obrigatório