UE exige libertação dos jornalistas presos na Venezuela
Entre os detidos estão franceses, colombianos e um espanhol
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Mundo Exigência
A União Europeia (UE) e os governos da Espanha e da Colômbia exigiram nesta quinta-feira (31) que os cinco jornalistas detidos ontem (30) na Venezuela sejam libertados imediatamente. Entre eles estão dois franceses, dois colombianos e um espanhol.
Os jornalistas franceses foram detidos nas proximidades do Palácio de Miraflores, enquanto os colombianos e o espanhol, profissionais da agência "Efe" junto com um motorista venezuelano, foram presos na parte da noite também em Caracas. Em uma coletiva de imprensa em Bucareste, na Romênia, a Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou que ela possui "um claro apelo para a libertação imediata" dos jornalistas.
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Já o Ministério das Relações Exteriores da Espanha exigiu que as autoridades da Venezuela "respeite o Estado de Direito", na qual a "liberdade de imprensa é um elemento central".
Seguindo a mesma linha, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, também exigiu a libertação dos jornalistas da "Efe".
No início da semana, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou em um comunicado os "atos de violência das forças de ordem contra jornalistas" venezuelanos e estrangeiros que estão cobrindo os protestos da oposição no país.
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Nesta quarta-feira (30), dois jornalistas chilenos e outros dois venezuelanos também foram detidos pelas autoridades locais em Caracas, quando cobriam uma vigília que defendia o presidente de Venezuela, Nicolás Maduro. Todos os profissionais foram libertados mais de 10 horas depois, sendo os chilenos deportados de volta para Santiago.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, alegou em suas redes sociais que os jornalistas estrangeiros presos ou expulsos do país não estavam regularmente credenciados para trabalharem em Caracas. O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país sul-americano no dia 23 de janeiro. O anúncio foi feito diante de centenas de apoiadores, em um protesto em Caracas.
Com dois presidentes, dois parlamentos e duas supremas cortes, a crise na Venezuela dividiu também a comunidade internacional, com a maior parte dos países americanos e europeus apoiando Guaidó, e nações como Rússia, China, Turquia e Cuba ao lado de Maduro. (ANSA)