Países europeus reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela
Decisão se deu após o fim do prazo concedido pelos países europeus ao ditador Nicolás Maduro para a convocação de novas eleições
© Andres Martinez Casares / Reuters
Mundo Interino
França, Reino Unido, Espanha, Áustria, Suécia e Dinamarca reconheceram nesta segunda-feira (4) o líder do Legislativo venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino do país.
A decisão se deu após o fim do prazo concedido pelos países europeus ao ditador Nicolás Maduro para a convocação de novas eleições, expirado neste domingo (3).
"O governo da Espanha anuncia que reconhece oficialmente o presidente da Assembleia da Venezuela, o senhor Guaidó, como presidente encarregado da Venezuela para que convoque eleições presidenciais no menor prazo de tempo possível", afirmou Sánchez no Palácio de Moncloa.
O reconhecimento a Guaidó tem uma finalidade clara, ressaltou Sánchez: convocar eleições que "têm de ser livres, democráticas, com garantias e sem exclusões".
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Pouco depois da Espanha, o Reino Unido também anunciou que reconhecia Guaidó como "presidente constitucional interino" da Venezuela, como escreveu seu ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, em uma rede social.
"Os venezuelanos têm o direito de se expressar-se livremente e democraticamente. A França reconhece Juan Guaidó como presidente interino para implementar um processo eleitoral. Apoiamos o grupo de contato, criado com a UE, neste período de transição", escreveu em uma rede social o presidente francês, Emmanuel Macron.
Guaidó se declarou presidente encarregado em 23 de janeiro, acusando Maduro de ser um "usurpador" por ter sido reeleito em um processo questionável. O opositor já havia sido reconhecido por Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Canadá, entre outros países da região.
Em entrevista divulgada no domingo, Maduro descartou convocar eleições presidenciais. Entre seus aliados estão China e Rússia. Ele acusa Washington de usar Guaidó como "marionete" para lhe aplicar um golpe de Estado.
O governo da Rússia afirmou nesta segunda-feira que o movimento europeu de reconhecimento a Guaidó é uma "interferência estrangeira" nos assuntos internos venezuelanos. Com informações da Folhapress.