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Catalunha: separatistas manifestam-se contra início de julgamento

Os partidos e movimentos separatistas consideram que os acusados são "prisioneiros políticos" e criticam através de todos os meios a sua detenção cautelar há mais de um ano

Catalunha: separatistas manifestam-se contra início de julgamento
Notícias ao Minuto Brasil

15:20 - 07/02/19 por Lusa

Mundo Independência

Os partidos e as associações independentistas catalãs anunciaram nesta quinta-feira (07) a realização de várias manifestações contra o julgamento dos seus dirigentes envolvidos na tentativa secessionista de 2017 que começa terça-feira em Madri.

As cerca de 20 organizações envolvidas também marcaram uma "greve geral" na Catalunha no dia 21 de fevereiro e uma manifestação em Madri para 16 de março.

As primeiras concentrações dos separatistas vão acontecer em várias cidades da Catalunha na próxima terça, no primeiro dia de audiências do julgamento no Supremo Tribunal de Madri.

Em 16 de março está prevista uma grande manifestação em Barcelona sob o lema "a autodeterminação não é um delito".

A partir de terça-feira vão ser julgados 12 dirigentes separatistas pelo papel que tiveram na tentativa de criar uma República em outubro de 2017.

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O Ministério Público espanhol pede penas de prisão de sete a 25 anos, consoante os casos, pelos crimes de rebelião, fraude e desobediência.

Este julgamento, considerado histórico, deverá durar "cerca de três meses", segundo o Tribunal Supremo, e nove dos acusados, que são membros do núcleo duro de pessoas que planejou a tentativa de independência, estão em prisão preventiva.

Os partidos e movimentos separatistas consideram que os acusados são "prisioneiros políticos" e criticam através de todos os meios a sua detenção cautelar há mais de um ano.

Após o referendo realizado no dia 01 de outubro de 2017 sobre a independência ter sido proibido pela justiça, os separatistas catalães proclamaram a 27 de outubro uma república catalã independente.

O processo de independência foi interrompido no mesmo dia, quando o Governo central espanhol, presidido então por Mariano Rajoy, decidiu intervir nessa Comunidade do nordeste, destituindo o executivo de Carlos Puigdemont e dissolvendo o Parlamento.

As eleições regionais, que se realizaram a 21 de dezembro de 2017, voltaram a ser ganhas pelos partidos separatistas que continuam a defender a criação de uma República independente. Com informações da Lusa. 

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