Brexit causa divisão no Partido Trabalhista
Sete deputados abandonaram a legenda e criticaram Corbyn
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Mundo Deputado
Sete deputados do Partido Trabalhista do Reino Unido anunciaram nesta segunda-feira (18) sua saída da legenda em protesto contra a abordagem do líder Jeremy Corbyn nas discussões sobre o Brexit.
Além disso, Angela Smith, Ann Cofre, Chuka Umunna, Chris Leslie, Gavin Shuker, Luciana Berger e Mike Gapes acusam Corbyn de antissemitismo.
Os sete defendem a realização de um segundo plebiscito sobre a saída do país da União Europeia e pretendem minar a proposta de um Brexit mais suave feita pelo líder trabalhista. Eles pertencem à ala mais liberal do partido, hostil ao projeto socialista de Corbyn, e permanecerão na Câmara dos Comuns como independentes.
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Leslie acusou a esquerda de ter "sequestrado" a legenda e de não oferecer outra escolha. Já Berger, que é judia, afirmou que o partido se tornou "institucionalmente antissemita".
"Nesta manhã, todos nós saímos do Partido Trabalhista. Foi uma decisão difícil e dolorosa, mas necessária", escreveu a deputada no Twitter.
A última secessão na legenda de centro-esquerda ocorrera em 1981, quando quatro deputados europeístas fundaram o Partido Social-Democrata, experiência que fracassaria pouco depois. Corbyn defende uma versão mais "suave" do Brexit, que manteria o Reino Unido em uma união aduaneira com a UE.
A proposta poderia ganhar força em meio às divisões no Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, mas enfrenta resistência tanto dos grupos eurocéticos, que querem um rompimento mais claro com Bruxelas, quanto dos dissidentes trabalhistas, que defendem um novo plebiscito. (ANSA)