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Comboios são recebidos com bombas entre Colômbia e Venezuela

Militares e policiais lançaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, deixando ao menos seis feridos, nas pontes Simón Bolívar e Santander

Comboios são recebidos com bombas entre Colômbia e Venezuela
Notícias ao Minuto Brasil

16:10 - 23/02/19 por Folhapress

Mundo Violência

CÚCUTA, COLÔMBIA, E PACARAIMA, RORAIMA (FOLHAPRESS) - Fortes confrontos ocorreram na tarde deste sábado (23) em duas pontes da fronteira da Colômbia com a Venezuela, quando quatro caminhões e manifestantes tentaram romper o bloqueio militar para fazer entrar a ajuda humanitária.

Militares e policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, deixando ao menos seis feridos, nas pontes Simón Bolívar e Santander, que ligam a cidade colombiana de Cúcuta a San Antonio e Ureña, na Venezuela.

+ Fotos: pedras, fogo e desespero de quem luta por ajuda na Venezuela

Na linha de frente, os manifestantes jogavam pedras para tentar forçar o recuo dos militares.

A fronteira entre os dois países foi fechada na noite de sexta por ordem do ditador Nicolás Maduro.

Os feridos são manifestantes que faziam parte de uma "corrente humanitária" para fazer passar a assistência.

Momentos antes, o líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, subiu em um dos caminhões em sinal de partida.

"A ajuda humanitária está definitivamente a caminho da Venezuela, de maneira pacífica, para salvar vidas neste momento", disse Guaidó.

As duas camionetes enviadas pelo Brasil à Venezuela estavam no início da tarde no ponto intermediário entre as duas alfândegas, em Pacaraima (Roraima).

O primeiro veículo chegou no fim da manhã ao ponto onde estão as bandeiras dos dois países e parou ao lado do pavilhão da Venezuela. O segundo chegou no início da tarde e estacionou ao lado.

Os dois caminhões estão parados com a parte da carga voltada para os militares venezuelanos, para que estes observem que transportam apenas ajuda humanitária, explicou um dos coordenadores da operação.

Está previsto que os motoristas sigam em marcha a ré e que os motoristas e venezuelanos presentes no Brasil tentem negociar a entrada na Venezuela.

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