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Com coquetéis molotov, venezuelanos cruzam fronteira com Colômbia

A fronteira entre os dois países foi fechada por ordem do ditador Nicolás Maduro, na sexta-feira

Com coquetéis molotov, venezuelanos cruzam fronteira com Colômbia
Notícias ao Minuto Brasil

17:11 - 24/02/19 por Folhapress

Mundo Crise

CÚCUTA, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) - Armados com coquetéis molotov, dezenas de venezuelanos cruzaram ilegalmente neste domingo (24) a fronteira com a Venezuela, próximo à ponte Santander, que liga a cidade venezuelana de Urenã à colombiana Cúcuta.

A fronteira entre os dois países foi fechada por ordem do ditador Nicolás Maduro, na sexta-feira; no sábado, o governo da Colômbia anunciou que também fecharia a passagem, por questões de segurança após os confrontos durante a tentativa de transportar ajuda humanitária para dentro da Venezuela.

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Há informações não confirmadas de que, do lado venezuelano, um toque de recolher informal foi imposto pelos chamados "colectivos", milícias armadas pelo regime de Maduro.

Apesar do fechamento da fronteira, as forças colombianas não impediram nem reprimiram a movimentação dos grupos.

"Queremos armas, queremos armas", diziam os manifestantes a menos de 10 metros da fronteira.

"Onde estão as armas, onde estão os gringos? Estamos todos dispostos a morrer aqui, temos parentes lá, queremos libertá-los, queremos armas", dizia um dos manifestantes ao cruzar o rio Táchira.

É uma ação que não terá efetividade, mas eles dizem que agem para colocar pressão nas milícias.

Já do lado colombiano, cerca de cem manifestantes montaram um acampamento, trazendo comida e água e produzindo os coquetéis molotov.

Soldados da Guarda Nacional venezuelana se aproximaram e tentam impedir a passagem de mais manifestantes, disparando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Os manifestantes, por sua vez, tentam fazer com que os guardas desertem. "Guardas, amigos, nós estamos contigo", dizem.

Após serem repelidos, começaram a escalar a ponte, preparando um ataque com coquetéis e pedras. Pretendem usar os caminhões queimados nos protestos de sábado como barricadas para o ataque.

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