Governo de Maduro nega mortes em hospitais devido a apagão
Oposição e organizações não-governamentais afirmam que entre 15 e 17 pessoas morreram por falta de energia em unidades de saúde
© Marco Bello / Reuters
Mundo Crise
O governo venezuelano negou, neste domingo (10), a morte de pessoas nos hospitais devido ao apagão que atinge o país, contrariando informações da oposição e de organizações não-governamentais.
"Constatamos com surpresa que nas redes sociais se fala da quantidade de mortos... é absolutamente falso", afirmou o ministro da Saúde, Carlos Alvarado, à televisão, acrescentando que "estas informações tendenciosas pretendem inquietar a população".
Segundo o ministro, 90% dos geradores elétricos estão funcionando após uma paragem de dois dias, permitindo assegurar a vida de centenas de doentes que se encontram em estado crítico.
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Quanto a números, Carlos Alvarado disse que 15 a 17 doentes foram transferidos para outras unidades de saúde, mas "sem consequências sérias".
Antes, um dirigente de uma associação defensora do direito à saúde e à vida, a Codevida, mencionara a morte de 15 doentes renais, quatro deles no Hospital Miguel Pérez Carreño, em Caracas, por falta de diálise.
Segundo o diretor da Codevida, Francisco Valencia, a situação é muito crítica para as pessoas com insuficiência renal, uma vez que a quase totalidade das unidades de diálise está parada devido à falta de eletricidade.
Posteriormente, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, afirmou, através da rede social Twitter, que 15 pessoas morreram nos hospitais devido ao 'apagão' generalizado que começou na quinta-feira, acrescentando que 15 mil doentes renais estão em risco.
O ministro da Saúde alega que "todos os serviços de urgência estão plenamente operacionais".