China, Indonésia e Etiópia suspendem uso do Boeing 737 MAX 8
Decisão vem após dois acidentes com modelo da aeronave
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Mundo Segurança
As autoridades da China, da Etiópia e da Indonésia ordenaram hoje (11) que as companhias aéreas locais suspendam o uso da aeronave modelo Boeing 737 MAX 8. Outros países também podem adotar a mesma medida nas próximas horas.
A proibição de voos com esse modelo de aeronave vem um dia após um acidente aéreo da Ethiopian Airlines, o qual deixou 157 pessoas mortas na capital da Etiópia. Em outubro do ano passado, outro acidente com um Boeing 737 MAX 8, operado pela Lion Air, caiu em Jacarta, na Indonésia, matando 189 pessoas. A aeronave tinha apenas três meses de uso.
Na União Europeia, de acordo com dados da Comissão Europeia, há 55 aeronaves um Boeing 737 MAX 8 em operação no momento, sendo três delas da Air Italy, companhia italiana. A Agência Europeia para a Segurança Aérea (EASA) está monitorando a situação. A China detém quase 100 unidades do Boeing 737 Max 8, mais de um quarto da frota global.
+ Dos 157 mortos em acidente aéreo na Etiópia, vários eram voluntários
A Gol Linhas Aéreas é a única companhia brasileira que tem aviões deste modelo, com sete unidades.
Outras companhias que o usam são American Airlines, Southwest Airlines, United Airlines, Aerolíneas Argentinas, Icelandair e LOT Polish Airlines.
Na Bolsa de Valores de Nova York, a Boeing já sofre perdas de 12,03%.
Vítimas - Como há oito italianos entre as vítimas do acidente com a Ethiopian Airlines, a Promotoria de Roma abriu uma investigação do caso. O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, também anunciou que 21 membros da ONU morreram no acidente na Etiópia.
"É um dia triste para a nossa entidade. O terrível acidente aéreo na Etiópia tirou a vida de todos que estavam a bordo, entre eles 21 colegas da ONU", contou. A aeronave levava 149 passageiros e oito tripulantes. A queda ocorreu às 8h44 (horário local), seis minutos depois da decolagem do aeroporto de Adis Abeba, cerca de 50 quilômetros ao sul do aeroporto. (ANSA)