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Após 22 meses, investigação inocenta Trump de crime de conspiração

Relatório sobre a possível interferência russa nas eleições dos Estados Unidos, em 2016, foi encaminhado neste domingo (24) ao Congresso Americano

Após 22 meses, investigação inocenta Trump de crime de conspiração
Notícias ao Minuto Brasil

19:09 - 24/03/19 por Notícias ao Minuto Brasil

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Após 22 meses de investigação, o procurador especial Robert Mueller concluiu relatório sobre a possível interferência russa nas eleições dos Estados Unidos, em 2016. No material, que já foi encaminhado ao Congresso americano, neste domingo (24), ele afirma que o presidente Donald Trump não cometeu o crime de conspiração (ou conluio), mas não o isenta da possibilidade de ter cometido outro crime, o de obstrução de justiça.

"A investigação do Conselho Especial não descobriu que a campanha de Trump ou qualquer pessoa associada a ela tivesse conspirado com a Rússia ou desenvolvido esforços para influenciar a eleição presidencial dos EUA em 2016", diz parte do texto, citado pela CNN.

O procurador-geral Robert Barr, o primeiro a receber o relatório, na última sexta-feira (22), revelou que a investigação mostra uma "avaliação mista" sobre a questão da obstrução da justiça. "O Conselho Especial declara que, embora este relatório não conclua que o presidente cometeu um crime, também não o exonera'", escreveu. 

Em causa podem estar as pressões verbais que Trump exerceu sobre o então secretário da Justiça, Jeff Sessions, e o seu adjunto, Rod Rosenstein, ou ainda por ter demitido o então diretor da polícia federal do país (FBI), James Comey, em maio de 2017.

Já Trump, indica o New York Times, que aguardou o resultado na sua propriedade na Flórida, disse junto dos seus apoiadores que foi vítima de uma tentativa de "golpe". 

O presidente também usou suas redes sociais para se pronunciar. "Sem conluio, sem obstrução... inocentado total e completamente. Mantenha a América grande", escreveu.

Ainda de acordo com o jornal, o Conselho Especial tinha ao seu dispor uma série de recursos. A equipe que levou a cargo esta investigação era formada por 40 agentes do FBI, analistas, investigadores forenses e outros funcionários. 

Desde a sua nomeação, em maio de 2017, a equipe de Muller emitiu mais de 2.800 intimações, executou quase 500 mandados de busca e inquiriu cerca de 500 testemunhas. Para além disso, fez também pedidos a 13 governos estrangeiros para que fossem fornecidas evidências. 

Vale ressaltar ainda que a investigação resultou em 37 réus, incluindo seis associados Trump, 26 russos e três empresas russas. Sete acusados declararam-se culpados e um deles, o ex-presidente da campanha de Trump, Paul Manafort, foi condenado.

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